sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Sozinho de Ângelo de Lima

Quando eu morrer m´envolva a Singeleza,
Vá sem Pompa o caminho do coval, 
Acompanhe-me apenas a tristeza 
Não vá do bronze o som de val´em val!

Chove o céu sobre mim de orvalho as bagas
Luz do sol-posto fulja em seu cristal,
Cantem-me o «dorme em paz» ao longe as vagas,

Gemente a viração entoe o «Amén»
Vá assim té ermas, afastadas plagas...
Lá...fique eu só! 

Não volte lá ninguém!
in Doutor Tristeza, Mia Soave, 2015

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