o que conduz os navegantes para fora do mar?
em solo firme,
de que firmeza é a zona de que vens
e falas de noite que te lavas os pés
como as mãos que roubam o fruto
e te culpam na confissão que acabarás por fazer
ao morrer
entrega o cálice, a última gota de veneno
que te engasga
como uma delicada pétala de defunto
num divã de psiquiatra
onde a natureza se resume à paisagem morta
de gosto cristão,
das águas, das bilhas, dos milagres
dos pobres e mendigos
que te batem à porta
e espreitam a tua televisão
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