Constrói a tua casa, mas
de pedra,
e os alicerces que tenham
o fundamento que em ti
achaste.
As madeiras sejam das
mais duras
e secas como os antigos
sabiam
que se secam as madeiras
de obra.
Não deixes nada ao
descuido
dos que não vão
habitá-la,
nada à pressa desses
que sem amor constroem.
Cada janela, cada porta,
cada quarto e os
corredores
no espaço certo: tudo
tão certo e próprio como
depois
não te sentires nunca
estranho
na casa que construíste.
E não é necessário que
seja
uma casa grande. Seja
apenas a tua casa, medida
pelo tamanho de a
habitares
como habitas o teu corpo:
uma casa que respire
e se alegre ou entristeça
como tu respiras, como
sabes rir, ou como
te entristeças. Uma casa
verdadeiramente a tua
casa,
que construíste e
sobreviva
a todas as tuas mortes.
Sem comentários:
Enviar um comentário