É
a película brasileira mais badalada do momento e continua nas salas de cinema portuguesas.
Trata-se da longa-metragem "Ainda Estou Aqui", de Walter Sales. Por
cá, aumentou também o seu número de sessões diárias e, aguarda-se, portanto, a
entrega dos óscares, este ano a 2 de Março, para saber se o filme continuará ou
não em exibição.
Comece-se, pois, por dizer que o filme
"Ainda Estou Aqui" é surpreendente, sobretudo por que todos sabermos que
se trata de uma história com um pano de fundo verdadeiro e apoiada em
personagens reais. Resumidamente, a narrativa fílmica aborda a família numerosa Rubens
Paiva, quando estes viviam no Rio de Janeiro junto da praia e aparentavam aos
olhos de todos uma vida entusiasmante e feliz. Subitamente, a ditadura militar
brasileira interrompe essa felicidade ao levar consigo o pai de família e
deixar os restantes familiares num sofrimento atroz e a incógnita do seu
paradeiro. Que papelaço enquanto Eunice, Fernanda Torres!
"Ainda Estou Aqui" é, portanto, um filme de afectos, o retrato de união de uma família sólida, a leveza e a frescura dos sentimentos das pessoas, os seus laços, os seus momentos e idiossincrasias, ainda as suas virtudes, as suas falhas e silêncios. Subterraneamente e, a partir de um dado momento, percebemos que estamos perante algo que devemos sempre lembrar: a ditadura. Esta que é implantada para impor uma única voz e pensamento e assim, vai disseminando a censura, a tortura, a ignomínia, a privação de liberdade, a insidiosa condenação dos corpos e dos movimentos. É urgente defender a liberdade e, essencialmente, a vida em liberdade, que, tal como este líbelo cinematográfico, é a nobre missão de uma qualquer obra de arte!

"Ainda Estou Aqui" é, portanto, um filme de afectos, o retrato de união de uma família sólida, a leveza e a frescura dos sentimentos das pessoas, os seus laços, os seus momentos e idiossincrasias, ainda as suas virtudes, as suas falhas e silêncios. Subterraneamente e, a partir de um dado momento, percebemos que estamos perante algo que devemos sempre lembrar: a ditadura. Esta que é implantada para impor uma única voz e pensamento e assim, vai disseminando a censura, a tortura, a ignomínia, a privação de liberdade, a insidiosa condenação dos corpos e dos movimentos. É urgente defender a liberdade e, essencialmente, a vida em liberdade, que, tal como este líbelo cinematográfico, é a nobre missão de uma qualquer obra de arte!