“Um manuscrito do Vitor é um
suplemento de ferro, tomem lá, ó esquálidos. Qualquer textinho lhe sai uma
beleza, como se saísse assim da boca dele, pardal de muita conversa e muito
livrinho. Em suma, o mais antigo editor paralelo em Portugal é toda uma língua.
Paralelo, e não alternativo, porque uma editora paralela nunca se encontra com
as outras, faz o seu caminho ao lado. No caso do Vitor, ao lado e subterrâneo.
Não é uma metáfora, é uma morada: & etc, rua da Emenda, 30, cave 3.”
escreveu assim há dias a jornalista/escritora sobre o Vítor Silva Tavares e
vencedora da edição deste ano do Grande Prémio de Romance e Novela da
Associação Portuguesa de Escritores (APE) relativo a 2012, com o romance “E a Noite Roda” (Tinta da China).
O seu
nome é Alexandra Lucas Coelho, tem carteira de jornalista desde Janeiro de 1987
e da sua pena saíram dos mais belos escritos lidos na imprensa nos últimos anos
sobre as várias ilhas deste arquipélago.Não, não sou só eu que o digo, há muito mais gente a dizê-lo. Há um artigo sobre as “Ilhas
Desconhecidas” do Raul Brandão que ainda hoje releio com deleite. A jornalista realiza
grandes reportagens para o jornal “Público” que podem abordar o tema dos morros e as
favelas do Rio de Janeiro até às jovens que despertam para a sociedade de
consumo em Pequim na nova China. Durante largos anos, ela foi especialista em assuntos
relacionados com o Médio Oriente e conta por isso com vários livros publicados. O
melhor que podemos fazer é continuar a lê-la.