"Enquanto estão vivos, para mim é fundamental, que tenham bom carácter. Agora, o Wagner obviamente tinha um péssimo carácter mas isso pouco me importa: deixou uma obra extraordinária. O carácter de Beethoven tinha lacunas graves. O do Céline, nem falar.Mas é a obra deles que fica, não o que eles foram. O O´Neill, por exemplo, de quem eu estive próximo durante algum tempo, almoçávamos uma vez por semana: era difícil ser amigo dele. Muitas vezes saía de junto dele com a impressão de que ele não gostava de ninguém."
António Lobo Antunes, Revista LER, 2008.