A Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada
reuniu no seu interior, num dos seus míltiplos espaços, um conjunto de fotografias sobre
o Quarteirão de PDL. As fotografias encontram-se, assim, espalhadas pelas
paredes e pilar de uma sala dedicado à música e aos filmes, sendo que o seu número é bastante considerável tal como
os seus autores. O que une estas fotografias é a memória dos que aqui vivem,
trabalham, convivem e usufruem deste espaço citadino que ganhou relevância com a
abertura do espaço aéreo, a 29 de Março de 2015. Nascia ali um novo espaço de
convivialidade, um lugar feito de cumplicidades e abraços, brotavam
quotidianamente encontros, projectos, vontades criativas. Eram uma nova energia que despontava, naquele conjunto de ruas com gente dentro
e que começaria a designar-se por O Quarteirão. Tenho, por isso, uma memória viva daquele fulgor, ainda que rápida e fugaz, é certo, mas retenho sobretudo uma lembrança de pessoas,
acontecimentos e a uma variada panóplia de actividades artísticas a acontecer.
Das muitas coisas por ali vividas, relembro duas ou três situações que gostaria
de evocar – a peça na Galeria Miolo “Será que Podemos Controlar o que os Outros Pensam
de Nós?”, com o João Malaquias a solo na Galeria Miolo, o Henrique António vestido de Filípides, bem comos demais, para a performance/exposição fotográfica “Alvo Périplo
Rua Abaixo Movimentado”, da trupe da Sala de Embarque e do fotógrafo Jorge
Kol de Carvalho junto da Igreja do Colégio ou ainda as fotografias do Carlos Olyveira que,
quotidianamente, fotograva os seus novos habitantes e espaços.