sábado, 7 de dezembro de 2024

Dois Poemas de Naná da Ribeira

Fenda
 
Faculdade interior ainda viva
Assim facilmente olvidada
Luva presa em mão esquecida
Horas de combustão acelerada
Antes do negócio, da fenda visível
 
Lacuna

Faz dele um vate um desenvolto
Arte do verso e fome da rima
Lenta cadência em ritmo certo
Tolo desarranjo de fácil alarido
Aceno sensível em feroz deserto