Uma noite de sábado deste
início de Agosto para ver o Melhor da 31ª edição do Festival
Curtas Metragens de Vila do Conde ocorrido no último mês de Julho, entre os
dias 8 e 16. A sessão começou com Rosemary
A.D. (After Dad), do realizador
estadunidense, Ethan Barrett. Uma pequena história ilustrada sobre o amor e a morte,
animada pelo humor e a beleza dos desenhos explorados subtilmente por um narrador
irónico q.b. Seguiu-se Natureza Humana, da realizadora portuguesa, Mónica Lima,
detentora do Prémio do Público e Prémio Sociedade Portuguesa de Autores, tratando-se
aqui de um sugestivo quadro sobre a espera e o desespero de um casal à procura
de descendência. A realizadora soube contrastar a infertilidade com a explosão
da natureza e a vivacidade das crianças em redor. Certamente um filme de
alguém que adora a fotografia e o desenho arquitectónico. Outro filme foi Il
Compleanno di Enrico, do realizador italiano, Francesco Sossai, conta-nos a
chegada e presença num aniversário de uma criança e é, através do seu olhar e da
sua procura de aceitação e compreensão, que o seu mundo se nos apresenta tão desconhecido
e extravagante. Apesar de toda a estranheza, eis-nos perante um bonito gesto
cinematográfico sobre a diferença e diversidade. Por último, foi exibida a
curta 2720, do realizador luso-suíco,
Basil da Cunha, que obteve o prémio para Melhor Realizador Português. Trata-se de
uma curta-metragem trágico-cómica de um bairro periférico de Lisboa em que a
língua é o criolo mas a indiferença e a vergonha é toda nossa. No fundo, um filme
enérgico, movimentado entre o interior e exterior, mantendo sempre o humor e a
música como elementos de uma cultura maior.
domingo, 6 de agosto de 2023
Cinema ao Ar Livre: Curtas no Solar
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