segunda-feira, 25 de abril de 2022

FALTA#4: Da Atalhada até Attica!

    Está pronta! Esta FALTA#4 conta com os contributos literários e artísticos de autores como: Susana Araújo, Vânia Chagas, Matilde Horta, Nuno Marques da Silva, Alexia Barakou, Tânia Neves dos Santos, Alejandro Iñarra, Cor do Cobre, Diogo Bessa, Nina Fraser, Carlos Olyveira, Carlos Melo, Andrea Santolaya, Marina Couto, Bolastik, Miguel Araújo Abreu, Bárbara Bulhão, Fábio Colaço, Ana Correia, Ana Paula Inácio, Agnes Juten,  Eduardo Brito, Guida Casella, Germana Eiriz, Solange Boavida, Miguel Cardina, Mário Maria Pinto, Manuela Braga, Paola d'Agostino, Alexandre Lemnos, J. B. Malaca, Marta Wengorovius, Sebastião Ribeiro Soares, Fernando Fonseca, Isaura Simas Pereira, Eline Koopman, Nuno Neves Serrote, Augusto Rocha, Vanessa Branco, Alberto Ai e Sofia Neto Medeiros. Esta edição, sob o signo da FORÇA, contém também entrevistas a Alberto Garcia-Alix (Fotografia) e Maria Carolina (Música), um Questionário Marado (Luís Filipe Rocha, realizador), o Quizazórico, o Interrogatório (Teodoro Borra D´Ércules, empreendedor) e uma playlist assinada por Luís San Payo.

domingo, 24 de abril de 2022

Da Liberdade

Liberdade, 
Querida liberdade
O nosso chão tem 
sonhos e vontade

Garota Não, in Canção a José Mário Branco.

sábado, 23 de abril de 2022

"Amor é..."de João Habitualmente

Óleo de amendoim
Óleo de milho
Óleo de fígado de bacalhau
Óleo Fula
Óleo de palma
Óleo  de soja
Óleo de girassol
Óleo need is love
in Um diia tudo isto será meu (uma antologia), Porto Editora, 2019.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

FALTA#4: Montagem

     
           É sempre muito apetecível o término do processo, ver o objecto concluído, tactear o resultado final. É, assim, que se materializa uma ideia aglutinadora que se estendeu por gente muito diversa e que partilhou o mesmo ideário conceptual. Deve ser esta a alegria do significado comum, do momento de exaltação do colectivo? 
    Sim, esta é a FORÇA que possuímos neste contexto, o movimento derradeiro que realizamos em direção ao leitor, o gesto último para fruição e usufruto deste objeto editorial que irá deixar de nos pertencer.
    A partir daqui, cumpre-nos zelar pela sua preparação e aguardar pela sua apresentação pública! 

Verso de Rodrigo Amarante

 O amor, essa rima breve

quarta-feira, 20 de abril de 2022

"Primavera" de João Habitualmente

 O louva-a-deus
na sua paralisia de pedra verde

Fita no céu 
a valsa verde do pirilampo

Noite de insetos
chamando-se entre si num clamor

A terra range 
cedendo aos caules que anseiam a luz

Estamos quase no 25 de Abril*

     "A verdade é triste: Zeca Afonso morreu sem que lhe tenha sido feita justiça: a nível artístico e também económico. Viveu os últimos anos da sua vida da ajuda de amigos, como o próprio contou."

Carmo Afonso, in Público, segunda-feira, 18 de Abril de 2022.

O Impensável Continua
















Capa do Libération de 25 de Fevereiro de 2022 

quarta-feira, 6 de abril de 2022

"Jefferson Airplane" de Sebastião Belfort Cerqueira

O que eu faço ainda não tem nome 

Como o tomilho
O meu tempo é selvagem
Perdido na piada
De bêbado
Do riso
Perdido na viagem 
Sem ter onde chegar 

Tem sido um caminho longo e estranho 
E é pra continuar.

in Música Normal, Companhia das Ilhas, Janeiro de 2021. 

terça-feira, 5 de abril de 2022

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Ontem, escrito numa parede da cidade

 Onde estavas em Abril de 2020?

Os Filhos da Madrugada: Nenny

     "A minha vida foi marcada pelo 25 de Abril no sentido em que, na minha geração, o mais importante é expressarmo-nos. Temos liberdade de expressão. Podemos debater uns com os outros e chegar à conclusão de que todos somos iguais e devemos ser mais unidos. Ter o telefone, escrever e opinar, dizer o que realmente sentimos. Isso marca muito. Depois da revolução, temos esse direito."

in Os Filhos da Madrugada, Anabela Mota Ribeiro, Círculo de Leitores/Temas e Debates, Novembro de 2021.

FALTA#4: A Caminho...

 









Fotografia: Júlia Garcia. 

domingo, 3 de abril de 2022

"Do Verso e da Queda" de Naná da Ribeira

A existência concedida aos girassóis
 sabe do verso e da queda
em noctívago desnorte 
num consentido frémito 
Reconhecem-se, assim, em suspenso
receio impróprio, 
desmesurado 
enrustido anseio
e nunca caem em tentação

"Não sei se sabes" de Rui Costa

Não sei se sabes 
que a meio da manhã
o verde dos teus lábios
passou para as encostas 
e um gomo transparente 
adormeceu nos juncos e abriu.
Abriu um brilho qualquer 
na gruta fria e pôs uma fogueira 
pequenina numa taça 
e elevou as mãos quentes 
pelo dia.
talvez tu saibas que o principal 
do amor 
é uma montanha de efeitos secundários. 

in A Nuvem Prateada das Pessoas Graves, Quasi Edições, Maio de 2005. 

sábado, 2 de abril de 2022

FALTA: FORÇA#4

     
    F A L T A, projecto colectivo e independente que reúne contributos literários e artísticos, irá lançar em breve o seu nº 4, dedicado ao tema da FORÇA. Há, por isso, desenho, poesia, ilustração, fotografia, prosa, conto, colagens e várias entrevistas. Agora é tempo de prepararar o seu conjunto, congregar os vários registos e anunciar o seu lançamento. Muito em breve estará pronta para folhear, manusear, pressentir os odores de tinta que foram secando e aglutinando os traços e as cores que serão a novidade deste número. Esta edição de 250 exemplares contará com a sua capa em serigrafia e o miolo em offset, à semelhança das edições anteriores. 

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Um Verso de Anna Järvinen

 Kom hem nu jag saknar dig

“Uma Pequenina Luz Bruxuleante” de Jorge de Sena

Uma pequenina luz bruxuleante
Não na distância brilhando no extremo da estrada
Aqui no meio de nós e a multidão em volta
Une toute petite lumière
Just a little light
Una picolla, em todas as línguas do mundo
Uma pequena luz bruxuleante
Brilhando incerta mas brilhando aqui no meio de nós
Entre o bafo quente da multidão
A ventania dos cerros e a brisa dos mares
E o sopro azedo dos que a não vêem
Só a adivinham e raivosamente assopram
Uma pequena luz, que vacila exacta
Que bruxuleia firme, que não ilumina, apenas brilha
Chamaram-lhe voz ouviram-na, e é muda
Muda como a exactidão, como a firmeza, como a justiça
Brilhando indeflectível
Silenciosa não crepita
Não consome não custa dinheiro
Não é ela que custa dinheiro
Não aquece também os que de frio se juntam
Não ilumina também os rostos que se curvam
Apenas brilha, bruxuleia ondeia
Indefectível, próxima dourada
Tudo é incerto, ou falso, ou violento: Brilha
Tudo é terror, vaidade, orgulho, teimosia: Brilha
Tudo é pensamento, realidade, sensação, saber: Brilha
Desde sempre, ou desde nunca, para sempre ou não: Brilha
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
Como a exactidão como a firmeza, como a justiça
Apenas como elas
Mas brilha
Não na distância. Aqui
No meio de nós
Brilha