"Quando fiz 50 anos, deixei de contar os lugares em que tinha vivido.
Às vezes por poucas semanas, às vezes durante uma década ou mais, o mapa mundo
consistiu, para mim, não na sua convencional representação num globo, como o
que tinha na minha mesa de cabeceira quando era criança, mas numa cartografia
pessoal em que as maiores massas de terra eram os lugares em que eu passava períodos
maiores, e as ilhas os locais de passagem mais curta. Tal como o modelo do eu
concebido por fisiologistas em que o tamanho de cada traço corresponde à
importância que lhe atribuímos na nossa cabeça, o meu modelo do mundo é o mapa
da minha experiência."
Alberto Manguel
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