quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Três Poemas Sobre a Negligência do Fio de Cabelo

O Teu Negligé oblige

A luz irrompeu limpa pela manhã
afastou lentamente o pesadelo,
inclemente grito logo desmanchado
cindiu um coração de esfinge imaculada
acusada de desleixe percorre agora
as espúrias veredas do desalinho
e desavinda toca o precipício na
falsa serenidade em retrocesso
as ruínas de um éden já traçado.

 A Oscilante Tocha Requer

A oscilante tocha requer
colo estirado pela tardinha
o recolher do copo em desamparo
alvo fio branco do desaforo
Daquele tempo enfermo foi reboliço
guarda no bolso o ténue presente
daquela falsa Incúria acometida.

 Da Tua Alba Obstinação  Possuo

Da tua alba obstinação possuo
a transferência em prato quente
acato urgências e vitupérios
a robustez frágil das intenções
teço loas ao cargo e desempenho
é carente de amplexo a incerteza
o meu abandono de aparência e alvoroço.

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