Fotografia Ana Monteiro |
Podemos ser autênticos na análise, já que logramos acreditar na geografia, na história e no tempo longo que marca esta nossa ligação. Sabemos desde sempre da existência dessa paixão, muita dela transmitida pelos nossos progenitores, familiares, dado que foram eles que nos concederam esse legado, essa herança, numa transmissão feita de muitos temores, dores e sacrifícios até.
Crescemos também a pensar que podíamos ter uma relação mais suave, mais intensa e prazenteira nessa aproximação ao mar. Certo ainda é que vamos acumulando poemas, canções, filmes, e até mesmo peças de teatro ou romances que falam dessa força da natureza. Há também quem pense que essa paixão, ou melhor, esse amor, em termos artísticos, ainda não é suficiente. Será?
Escreveu, por isso, há dias, Nuno
Pacheco, no jornal Público que “são meros e escassos exemplos num verdadeiro
oceano de obras onde o mar, e em vários casos, também a pesca foram essencial
inspiração”. Será que não conseguimos, à
semelhança de outros povos (evoco aqui Bretanha, a Irlanda, ou mesmo França) de
vivenciar/experienciar essa paixão de forma avassaladora ou tão real tcomo acontece nesses territórios? É que seria tão bom começar a partir o mar aos joelhos!!!
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