sexta-feira, 1 de novembro de 2024

"Partias o Mar aos Joelhos"*

Fotografia Ana Monteiro 

     Podemos ser autênticos na análise, já que logramos acreditar na geografia, na história e no tempo longo que marca esta nossa ligação. Sabemos desde sempre da existência dessa paixão, muita dela transmitida pelos nossos progenitores, familiares,  dado que foram eles que nos concederam esse legado, essa herança, numa transmissão feita de muitos temores, dores e sacrifícios até. 
       Crescemos também a pensar que podíamos ter uma relação mais suave, mais intensa e prazenteira nessa aproximação ao mar. Certo ainda é que vamos acumulando poemas, canções, filmes, e até mesmo peças de teatro ou romances que falam dessa força da natureza. Há também quem pense que essa paixão, ou melhor, esse amor, em termos artísticos, ainda não é suficiente. Será? 
Escreveu, por isso, há dias, Nuno Pacheco, no jornal Público que “são meros e escassos exemplos num verdadeiro oceano de obras onde o mar, e em vários casos, também a pesca foram essencial inspiração”. Será que não conseguimos, à semelhança de outros povos (evoco aqui Bretanha, a Irlanda, ou mesmo França) de vivenciar/experienciar essa paixão de forma avassaladora ou tão  real tcomo acontece nesses territórios? É que seria tão  bom começar a partir o mar aos joelhos!!!

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