terça-feira, 15 de abril de 2025

O Azul de Francisco Brines

          Busquei o azul, perdi a juventude. 
Os corpos, como ondas, rompiam.-se 
em areias desertas. Houve amor
no recanto florido de um jardim 
fechado. E quis achar palavras 
que alguém pudesse amar, e elas valeram-me.
Estou a chegar ao fim. Cega meus olhos 
um desolado azul iluminado.


in A Última Costa, Assírio&Alvim, Outubro de 1997. 

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