domingo, 9 de fevereiro de 2025

Do Ensaio

 "Se eu não estudar um dia, eu reparo, se eu não estudar uma semana, toda a gente repara.
                                                                   Nicolò Paganini, 1782-1840

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Ainda Estou Aqui: o Brasil Aqui Tão Perto!

        É a película brasileira mais badalada do momento e continua nas salas de cinema portuguesas. Trata-se da longa-metragem "Ainda Estou Aqui", de Walter Sales. Por cá, aumentou também o seu número de sessões diárias e, aguarda-se, portanto, a entrega dos óscares, este ano a 2 de Março, para saber se o filme continuará ou não em exibição. Comece-se, pois, por dizer que o filme "Ainda Estou Aqui" é surpreendente, sobretudo por que todos sabermos que se trata de uma história com um pano de fundo verdadeiro e apoiada em personagens reais. Resumidamente, a narrativa fílmica aborda a família numerosa Rubens Paiva, quando estes viviam no Rio de Janeiro junto da praia e aparentavam aos olhos de todos uma vida entusiasmante e feliz. Subitamente, a ditadura militar brasileira interrompe essa felicidade ao levar consigo o pai de família e deixar os restantes familiares num sofrimento atroz e a incógnita do seu paradeiro. Que papelaço enquanto Eunice, Fernanda Torres!
      "Ainda Estou Aqui" é, portanto, um filme de afectos, o retrato de união de uma família sólida, a leveza e a frescura dos sentimentos das pessoas, os seus laços, os seus momentos  e idiossincrasias, ainda as suas virtudes, as suas falhas e silêncios. Subterraneamente e, a partir de um dado momento, percebemos que estamos perante algo que devemos sempre lembrar: a ditadura. Esta que é implantada para impor uma única voz e pensamento e  assim, vai disseminando a censura, a tortura, a ignomínia, a privação de liberdade, a insidiosa condenação dos corpos e dos movimentos. É urgente defender a liberdade e, essencialmente, a vida em liberdade, que, tal como este líbelo cinematográfico, é a nobre missão de uma qualquer obra de arte!

sábado, 1 de fevereiro de 2025

So Long Marianne...

Fotografia de Jacques Haillot 
(Getty Images e retirada do Jornal Público)
Marianne Faithfull 
(1949-2025)

      Recentemente foram muitas as vezes que tocou por aqui o Gipsy Faerie Queen. Tocou e voltou a tocar.  E que bonito foi vê-la em tão avançada idade ao lado de Nick Cave e Warren Ellis. Lembrar também as tardes da adolescência a ouvir as suas canções que pareciam ser sempre tão sofridas e magoadas. Marianne Faithfull partiu e deixou-nos a sua música...só lhe podemos agradecer a persistência e  longevidade.

O Século Primeiro Depois de Béatrice