"A Páscoa era a principal festa
religiosa dos judeus, instituída em comemoração da sua libertação do jugo
egípcio. De entre as diferentes celebrações memoriais avultam as de índole
alimentar. A ceia pascal obedecia a ementa obrigatória: o cordeiro ritual, sem
defeito, macho e de um ano (absque macula, masculus, annicullus - Éxodo,
XII,5), assado inteiro e sem quebradura de ossos, acompanhado de ervas amargas
e pão ázimo, simbolizando respectivamente, os primogénitos mortos, a amargura a
escravidão e a pressa (que nem deu tempo à fermentação) na saída do Egipto.
Complementados por caldos de maçãs, amêndoas, figos e outros frutos cozidos em
vinho, tudo alegórico ao éxodo, e comido de pé e de bordão em punho e atitude
de quem está para iniciar uma viagem.(...)"
José Quitério in Livro de Bem Comer Assírio & Alvim
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