sábado, 24 de agosto de 2024

Um Poema de Manuel Fernando Gonçalves

Estou quente como uma noite 
nuclear. Respiro, na pele, o eco
comum do medo. Vejo 
os teu olhos da cor própria a Sul,
misturados no inverso, na imagem.
Fazem-nos a cama, dizes,
e concordo contigo, com o teu desmoronar,
resto do que dizes. 

in Caos, Frenesi Edições, Novembro de 1987

Sem comentários:

Enviar um comentário