quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Torna-Viagem


Vem guardar nestas rimas meu canto vadio
Minha galera de sonhos, de inquietações
Viageiro num fado oculto e sombrio
Torna-viagem, regressos, desilusões
Torna-viagem, no mar das canções

Se as palavras se cansam no tempo
Este fogo não deixa de arder
Se as canções incendeiam a praia
Esta noite não hei-de morrer

Vem guardar o silêncio na cinza do tempo
Vem esquecer ventanias e vendavais
Vem bailar o veludo na noite fagueira
Serei o barco e tu hás-de ser o cais
Serei o barco, tu serás o cais

Se as palavras se cansam no tempo
Este fogo não deixa de arder
Se as canções incendeiam a praia
Esta noite não hei-de morrer

Textos Zeca Medeiros, Desenhos Alberto Péssimo ( Março, 2006)

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