Nada como festejar a noite de 24 para 25 de Abril e ouvir música variada e diferentes músicos em conjunto com muita alegria e alvedrio de
tocar. O lugar escolhido já tinha sido palco recente do último Tremor ainda que
o nome dado ao evento estivesse eivado de um sentimento e carga revivalista. De
qualquer modo, esta salutar e curiosa iniciativa permitia um regresso ao espaço
do Solar da Graça para encontrar diferentes tipos de propostas musicais. Entretanto,
não demorou muito para a grande surpresa da noite soasse aquando do nome da
banda em palco fosse sussurrada pelo Rodrigo. A banda já tinha tido outro nome –
Broad Beans (Favas Guisadas) e que agora a formação reduzida tinha ganho outra
nomenclatura. E, se havia coisa que dava
logo para ver nestes WE SEA, era o enorme à vontade, concentração e entusiasmo
com que se apresentaram em palco. Estes chegaram mesmo a ironizar com o ferro
de engomar que servia de base aos instrumentos do vocalista. A banda é constituída pelo Rui
Rofino, voz e teclas, que demonstra grande confiança na batida e atmosferas
musicais e por Clemente Almeida, no teclado e respectivas criações melódicas.
Foi assim que, numa noite de cravos e música diversa, o
espaço do Solar da Graça deu a conhecer estes WE SEA, em pleno estado de graça,
com a vantagem do primeiro tema “Ser de Ver” soar de imediato a intensidade e paixão. Que belo poema-canção! É que, subitamente,
a banda ribeira-grandense tomou conta daquelas mesas de madeira e público
presente com aqueles desenhos e quadros nas paredes a lembrar uma ilha de outros tempos. Rui
Rofino canta, por isso, com muita alma e entrega na língua de Antero de Quental. Quem ouviu pela primeira vez, soou logo a
descoberta e prevê algo muito arejado em
embrião, o que só augura um futuro promissor.
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