| Mário Roberto |
Douta Melancolia
"C’è la stessa malinconia e la stessa speranza" Vittorio Lega
terça-feira, 16 de dezembro de 2025
Nuvens
81
I love the cloud in you, she said, looking at my shirt
Amo a nuvem em ti, disse ela, ao olhar para a minha camisa
Mark Strand, in 89 nuvens, tradução de Jorge Sousa Braga.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2025
Feira Gráfica: 5ª Edição
Todos os anos, por esta altura, os
amantes das artes gráficas das ilhas dos Açores vão em romaria à Feira Gráfica,
um evento que se realiza na Vaga-Espaço de Arte e Conhecimento, ali na Travessa
das Laranjeira, 51, em Ponta Delgada.
Esta feira anual congrega os trabalhos e
talento de vários criativos a viver em solo insular: João Amado, Paula Mota, Emese
Bándi, Mário Roberto, Raquel Vila Arisa (Lapa Brava), Augusto Rocha, Sofia
Caetano, Sara Azad, Catherine Gallagher, Elliot Sheedy, Araucária Edições,
Azores Atlantic Surfers, Selo de Trácia, Espelho Voador Associação, Julia Mattos, Magma, Nuno Simas, Mão Azul,
Gal la Edery, Tat Onofre, Neuza Furtado, Sofia Brito, Miguel Bettencourt
NANO (Núcleo Artístico do Nordeste), Anita
Nemet, para além da criatividade da Oficina de São Miguel com as suas já
afamadas agendas, postais e calendários. Na verdade, são muito materiais
fresquinhos acabados de sair do prelo e impressoras regionais e continentais. É, sem qualquer dúvida, um acontecimento de "fina estampa”, pena só existir uma vez
por ano – porque não já outro no novo Mercado da Graça? - dada as diversas
impossibilidades de muitos ou de quem procura dar conta de tantos eventos dispersos pela época natalícia. Em suma, quem lá vai acaba por
contactar com os seus artistas de eleição, vê-los em plena actividade tal como ninguém se sente na obrigação de
comprar bem como contribuem para consolidar a cada mais crescente comunidade das
artes visuais insular. Aos respectivos organizadores
do evento, a Vaga - Arte e Conhecimento, os mais que íntegros e francos parabéns
por esta quinta edição!
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| Cartaz de Raquel Vila Arisa |
domingo, 14 de dezembro de 2025
Da Mobilidade
Quando chegamos a uma cidade e percebemos que há mulheres e crianças a andar de bicicleta, à partida é uma cidade bem estruturada e segura.
Nuno Labrador, in Expresso, dia 14 de Dezembro de 2025.
sábado, 13 de dezembro de 2025
Fox Trot nº3
O mar não é tão fundo que me tire a vida
nem há tão larga rua que me leve a morte
sabe-me a boca ao sal da despedida
meu lenço de gaivota ao vento norte
nem há tão larga rua que me leve a morte
sabe-me a boca ao sal da despedida
meu lenço de gaivota ao vento norte
meus lábios de água limão de amor
meu corpo de pinhal à ventania
meu cedro à lua minha acácia em flor
minha laranja a arder na noite fria
António Lobo Antunes, Letrinhas de Cantigas, Dom Quixote edições, 2002.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
Mar Português
Mer Portugaise
Ó mer, pour que tes eaux
soiente si salées
Que de larmes le Portugal
a dú verser !
Pour t´avoir croisée, que
de mères émues,
Que de prères de leurs
fils déçues !
Que de fiancées
restièrent célibataires
Pour que tu nous
appartiennes, ô mer !
Cela en valait-il la
peine? Tout en vaut la peine
Si tant est que l´âme n´en soit pas vaine.
Qui le cap Bojador veut traverser
La douleur se devra dépasser.
Dieu conçut la mer de péril et d´abime,
Mais du ciel en fit le reflet sublime.
Si tant est que l´âme n´en soit pas vaine.
Qui le cap Bojador veut traverser
La douleur se devra dépasser.
Dieu conçut la mer de péril et d´abime,
Mais du ciel en fit le reflet sublime.
Fernando Pessoa,
“Mar Português” – Auto- Psychographie en trente autre Poémes, tradução Miguel
Lopes, editado por George Monteiro.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Arquitectura do Desejo
Mergulhar as mãos no teu corpo
até dos seios irradiar uma luz suave
- essa iridescência é o amor
Pereirar diamantes na areia do momento
para depois os lapidar entrre as tuas coxas
Assim construo ogivas de prazer
assim me entrego ao gume do desejo
até dos seios irradiar uma luz suave
- essa iridescência é o amor
Pereirar diamantes na areia do momento
para depois os lapidar entrre as tuas coxas
Assim construo ogivas de prazer
assim me entrego ao gume do desejo
Só nessa arquitectura se conhece o silêncio.
Paulo Ramalho in Manual de Sobrevivência para Náufragos, Douda Correria, 2020.
Origem do Museu
"Do grego mouseion, literalmente, o «lugar onde habitam as Musas». Como estas eram as patronas das artes, «museu» passou a ser o local onde se armazenam e expõe as obras de arte."
Orlando Neves, Dicionário do nome das coisas e outros epónimos, Editorial Notícias.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
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