“O outro é uma estreia — Hálito Azul, a mais
recente aventura de Rodrigo Areias, aqui explorando a povoação açoriana de
Ribeira Quente inspirado por Raul Brandão. A fragilidade do filme de Pestana vem do olhar a nu sobre uma
década da sua vida; a de Hálito Azul vem da indefinição do projecto, na sua
essência um documentário sobre a Ribeira Quente com “interferências”
narrativas, mais conseguido na vertente documental do quotidiano insular, menos
convincente nas incrustações encenadas.”
Jorge Mourinha, in Público 18 de Novembro de 2018
“Um
dos filmes mais aguardados é português e o PortoPostDoc conseguiu a sua
antestreia mundial. É Hálito Azul, de Rodrigo Areias, a partir de Raúl Brandão.
Trata-se de um dos pontas-de-lança da competição internacional. Um grande feito
do festival, sobretudo porque se trata de mais um belo triunfo do cineasta de
Guimarães, aqui a viajar para Ribeira Quente, nos Açores, e a documentar com
uma beleza matreira o dia-a-dia da população piscatória. Uma câmara que olha
para os homens, as mulheres e as crianças com uma dignidade serena. Depois, há
também um trabalho de apropriação das palavras de Brandão que não cai em
clichés baratos de "poesia ilustrada"
Rui Pedro Tendinha, in Diário de Notícias, 23 de Novembro de 2018
“Hálito Azul traz elementos fantásticos que
fazem parte do imaginário e do vocabulário dos pescadores, assim como apresenta
elementos de ficção e de documental ao misturar situações de observação com a
criação de momentos ensaiados, e nos revela, como parte da trama (trama no
sentido mais próximo de costura e tecido, e mais distante da noção de sequência
planejada) estes encontros entre os habitantes locais para ler as falas do
roteiro. Enfim, muitas coisas podem ser ditas sobre este lindo filme, extremamente
delicado e lírico, mas deixo isso pra outro artigo exclusivo a ele.”
Raquel Gandra,in Ambrosia, 24 de Novembro de 2018
“Hálito
Azul é isso mesmo, um desvio ao encontro da comunidade da Ribeira Quente, em
São Miguel, nos Açores, em um período crucial para o tradicionalismo de uma das
suas atividades principais – a pesca. Através desse impulso, a aventura não
brava os setes mares mas segue ao encontro de uma população que não esconde os
seus vínculos com o Oceano, todo o seu quotidiano e atividades gira envolto
desta imensidão.”
Hugo Gomes, in C7nema, 1 de Dezembro de 2018