Amar ou odiar: ou tudo ou nada!
O meio-termo é que não pode ser
A alma tem d’estar sobressaltada
P’ra o nosso barro se sentir viver.
Não é uma cruz a que não for pesada,
Metade dum prazer não é um prazer;
E quem quiser a alma sossegada
Fuja do mundo e deixe-se morrer.
Vive-se tanto mais quanto se sente;
Todo o valor está no que sofremos…
Que nenhum homem seja indiferente!
Amemos muito, como odiamos já:
A verdade está sempre nos extremos,
Porque é no sentimento que ela está.