Mova Dreva de Katerina L´Dokova Festival Prolíficas 2024 |
Eis, assim, que Fevereiro, um mês de pavio muito curto, se despede. E, como foi bom em termos musicais, auspicioso e fugaz, já que recentemente ouvimos a Sara Cruz e a Marianna em cantorias crescentes com vista para o mar e lua cheia, ouvimos estas cantoras açorianas no andar de cima do Centro de Artes Contemporâneas – Arquipélago, ambas por ali à cata e à descoberta do seu lugar no mundo das canções. Duas cantautoras, portanto, convidadas que foram deste festival de mulheres compositoras, criativas e prolíficas que encheram o Arquipélago no fim de tarde de sábado para ouvir as suas canções, já que no domingo escutámos a Diana Botelho tocar ao piano peças de Ana Paula Andrade, Ângela da Ponte, Constança Capdeville e Teresa Gentil. Pelo meio, apreciámos a instalação “vibrante” de Ângela da Ponte em exposição e audição, numa composição que contou com a colaboração na sua materialização do mestre António da Ponte. E, por último, o concerto do fecho com Katerina L´Dokova, mostrando as canções do seu álbum Mova Dreva, naquele seu périplo de sonoridades tradicionais da Bielorrússia, misturando roupagens do jazz com outras derivações clássicas e contemporâneas. Um fim de semana, portanto, recheado de sonoridades no feminino que releva com suma importância a existência de dias claros e harmónicos para enfrentar o Inverno derradeiro que se avizinha.