Em
2023, o festival Tremor, evento musical que acontece anualmente na ilha de São
Miguel, Açores, atingiu a sua décima edição que decorreu entre os dias 28 de
Março e 1 de Abril. Daqui a três anos, é bem provável que a festa será ainda
maior já que a cidade de Ponta Delgada será da Capital Nacional da Cultura em
2026. O festival Tremor está, por isso, de parabéns celebrando assim uma década
de muita música e envolvimento com a comunidade fazendo chegar à ilha centenas
de forasteiros e melómanos oriundos do continente e de vários outros pontos do
globo.
Marina Herlop (Fotografia Carlos Melo) |
A festa do décimo aniversário passou
pela Ribeira Grande na noite de quinta-feira, com o Tremor a ter lugar na
blackbox do Arquipélago com a presença de “Marina Herlop”, uma catalã de corpo
e alma. Esta surgiu perante a multidão com uma sonoridade a lembrar “Bjork”,
surpreendente na execução instrumental, socorrendo-se de instrumentos
pré-gravados e tecnologia variada. Numa hora de espectáculo intenso com audição
de temas em línguas diversas e imaginárias, imbuída dum universo estranho e
fantasioso. Seguiu-se no mercado desta cidade da costa norte, o concerto dos
“Ill Considered”, músicos de tarimba jazzística com grandes pulmões e forte compasso, repletos de energia necessária para
a chegada dos festivaleiros.
Na noite de sexta-feira, marcada por algum frio primaveril, teve direito à actuação no espaço sumptuoso da Igreja do Colégio do músico açoriano Filipe Furtado – em breve fará a primeira parte do sueco “Jay-Jay Johanson” – projectando as suas melodias sussurradas, ao estilo da bossa nova, atingindo o auge na canção “Teresa da Nazaré”, por sinal, avó dele, oriunda do Nordeste, em São Miguel: “Teresa, tua fé/ Conta-me a história do teu primeiro amor/ Como se conquistava da janela/Teresa, Teresa da Nazaré”. Ainda na mesma noite, houve tempo para nos deleitarmos em golfadas de brit-pop, com um trio proveniente de Brighton, os “Penélope Isles”. Os irmãos Jack (guitarra) e Lilly Wolter (baixo), mais o “vizinho universitário” na bateria, incendiaram o Auditório Camões com as suas malhas e rifs de longa duração, permitindo ao publico render-se com a cedência dum aguardado encore.
No dia de sábado, última ronda de concertos,
manteve-se a crónica ciranda viva de gente em torno dos concertos espalhados pela
cidade de Ponta Delgada, com gente muito curiosa e atenta às propostas musicais
que os promotores do evento prepararam. À semelhança dos últimos oito anos, há
sempre grande expectativa em assistir à junção da Associação de Surdos de São
Miguel + Onda Amarela e ainda a Escola de Música de Rabo de Peixe, que contam
agora com a designação de “Som, Sim, Zero”. Este ano não foi excepção com o
Teatro Micaelense a abarrotar, rendido, totalmente envolvido na performance
musical.
O encerramento da décima edição deu-se, como vendo sendo hábito, no interior do centenário Coliseu Micaelense e, agora, também nas Portas do Mar. No início da noite, o palco foi entregue à voz cálida e esfuziante da angolana “Pongo”, numa celebração de arromba com a vocalista no meio do público, em plena plateia, a dançar o Ku Duro e os presentes entregues aos festejos e serpentinas deste aniversário do Tremor em data redonda, abrindo as portas à onda e desbunda musical dos turcos “Lalalar” no outro lado da cidade.
Na noite de sexta-feira, marcada por algum frio primaveril, teve direito à actuação no espaço sumptuoso da Igreja do Colégio do músico açoriano Filipe Furtado – em breve fará a primeira parte do sueco “Jay-Jay Johanson” – projectando as suas melodias sussurradas, ao estilo da bossa nova, atingindo o auge na canção “Teresa da Nazaré”, por sinal, avó dele, oriunda do Nordeste, em São Miguel: “Teresa, tua fé/ Conta-me a história do teu primeiro amor/ Como se conquistava da janela/Teresa, Teresa da Nazaré”. Ainda na mesma noite, houve tempo para nos deleitarmos em golfadas de brit-pop, com um trio proveniente de Brighton, os “Penélope Isles”. Os irmãos Jack (guitarra) e Lilly Wolter (baixo), mais o “vizinho universitário” na bateria, incendiaram o Auditório Camões com as suas malhas e rifs de longa duração, permitindo ao publico render-se com a cedência dum aguardado encore.
Filipe Furtado (Fotografia de Carlos Melo) |
O encerramento da décima edição deu-se, como vendo sendo hábito, no interior do centenário Coliseu Micaelense e, agora, também nas Portas do Mar. No início da noite, o palco foi entregue à voz cálida e esfuziante da angolana “Pongo”, numa celebração de arromba com a vocalista no meio do público, em plena plateia, a dançar o Ku Duro e os presentes entregues aos festejos e serpentinas deste aniversário do Tremor em data redonda, abrindo as portas à onda e desbunda musical dos turcos “Lalalar” no outro lado da cidade.