quinta-feira, 20 de julho de 2017

Rua do Quelhas 35.3º (Valsinha)

Morre-se devagar neste país
onde é depressa a mágoa e a saudade
ó meu amor de longe quem me diz 
como é a tua sombra na cidade

Morre-se devagar em frente ao Tejo
repetindo o teu nome lentamente 
cintura com cintura beijo a beijo
e gritá-lo abraçado a toda a gente

Morre-se devagar e de morrer 
fica a cinza de um corpo no olhar 
ó meu amor a noite se vier 
é seara de nós ao pé do mar 

Letra: António Lobo Antunes
Voz: Vitorino 
Música: João Paulo Esteves da Silva