Fotografia de Carlos Olyveira |
"Na questão de Lisboa e Porto este processo está muito mais visível. Em Ponta Delgada consideramos que o processo está numa fase muito inicial e a ideia de trazer cá a caravana passa, também, por aprendermos om a experiência de outros locais. Ainda assim, a percepção que temos é que em Ponta Delgada também está a tornar-se cada vez mais difícil arranjar casa para arrendar, porque a maior parte das casas que estão disponíveis são para alojamento loval, para turismo de muito curto prazo, ou mesmo para comprar, porque houve uma escalada dos preços das casas. Há vários factores que contribuem para isso: é o turismo, é a mudança da lei de arrendamento em 2012, que facultou os despejos e que contribuiu para uma liberalização do mercado e há a ideia que o uso das casas para aluguer de turistas é muito mais rentável do que para a residência ou para a fixação das populações locais."
Lídia Fernandes, da Caravana para o Direito à Habitação, 16 de Outubro in "Atlântico Expresso".