Há quem o só tenha visto uma vez em
concerto. Foi no Teatro Rivoli, na cidade do Porto, antes de morrer. Calafrios,
emoção e rendição, pois claro. Dez anos depois do seu desaparecimento a música
dele continua a ser um monumento. Um monumento que pode ir connosco para todo o
lado ou ficar no interior de nós, muito bem guardadinho. Quem o conheceu diz
que era uma pessoa simples, amável, generoso, amigo do seu amigo. Ele não
precisa de estátuas nem de panteão mas sim de tocar na rádio, nos quartos, na
sala de estar ou nalgum lugar em que ele seja orgulhosamente recordado. Se
Portugal for um país de pessoas boas, sensíveis e delicadas, arranjará forma da música dele tocar hoje em
tudo o que for tasco, taberna ou casa de pasto em sinal de homenagem,
celebração e brio. Este exímio guitarrista bem o merece.Viva Carlos Paredes!