Fotografia de Carlos Olyveira |
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Sigamos o Cherne de Alexandre O´Neill
(Depois de ver o filme O Mundo do
Silêncio de Jacques-Yves Cousteau)
Sigamos o cherne, minha amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a
fantasia
E aceitemos, até, do cherne um
beijo,
Senão já com amor, com alegria...
Em cada um de nós circula o
cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa de passado
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...
Sigamos, pois, o cherne, antes
que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida
inteira,
Não somos mais que solidão e
mágoa...
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