quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Agosto de João Habitualmente

 Tarda-me tudo tanto tudo sob os dedos

 Não sou capaz de nada

algo que esconde um rastilho

atear um fogo

planear uma emboscada

 

Mesmo os teus cabelos 

tarda-me em tê-los

 

Esperei por ti

o cumprimento dos dias

Começava logo de manhã

e ficava na mesma pedra até ao sol posto

 

E no entanto sabia que não virias

Desde criança que chego ao Inverno em Agosto