segunda-feira, 4 de julho de 2016

Fimes d´Estio: "A Insustentável Leveza do Ser"





                Theresa: Thomas. Em que é que estás a pensar?
    Thomas: Estou a pensar no quanto eu sou feliz.
   


in"The Unbereable Lightness of Being", de Philip Kaufman, 1998.

Jacques Prévert: Viver é uma questão de hábito!

       
Imagem daqui: sba.bibliotecas.pt
           


           Na sexta-feira passada, numa sessão do cineclube 9500, em Ponta Delgada, assisti ao filme “Le Crime de Monsieur Lange”, do realizador Jean Renoir, com diálogos de Jacques Prévert. Recordo, agora, o ciclo da antiga Associação Cultural Abril em Maio dedicado a este poeta e argumentista francês que tem o seu nome em quinhentas escolas gaulesas. Nesse contexto fiquei também a conhecer por dentro alguns versos de Jacques Prévert, que depois seriam lidos e relidos num programa de rádio, dedicado à poesia, com a assinatura de José Peixoto, “No Silêncio da Gaveta", na Esposende Rádio. Ou ainda as suas "Histórias para Meninos sem Juízo” (o que eu me diverti com a Avestruz e o Dromedário Descontente!!!). Algum tempo mais tarde, aproveitaria para ler essas histórias em público para crianças e adultos sem juízo, porque à semelhança do que diz o personagem Batala do filme de Jean Renoir: “Viver é uma questão de hábito!”

Música d´Estio: Tomorrow – The Durutti Collumn


“All I wanted was your time/All you ever gave me was tomorrow/All I wanted was your time/All you ever gave me was tomorrow”. Este tema tem por título "Tomorrow" e pertence ao álbum “Circuses and Bread”, dos The Durutti Column. A voz pertence ao frágil e admirável Vini Reilly, músico britânico, oriundo da cidade de  Manchester. Um cantor que sempre foi parco em palavras, abundante em melancolia. As suas canções têm versos curtos e os refrões simples e directos. Nos concertos podemos assistir à guitarra planante e à sua voz ténue, acompanhado pelo seu amigo baterista de longa data: Bruce Mitchel. Há três décadas dedicou um disco aos amigos que tinha em Portugal. O verão tem a particularidade de encontrar ouvintes disponíveis para escutarmos esta melancolia sob a forma de empréstimo. 

Ontem, escrito numa parede da cidade

"Trata bem os animais/Dá-lhes repouso, comer/Eles não são teus iguais/Mas ajudam-te a viver."