Irrompe como
um diamante sonoro em lamento doce e timbre esvoaçante, chama de canto dorido e belo, que dá seguramente para preencher o corpo das almas e dos dias Fevereiros de canções sentidas e amadas. Música plena. Para além de cantar, toca com as mãos um piano
trémulo, quase aflito, a clamar por antigos sonhos e refeitas esperanças. As suas
canções são compostas por atmosferas electrónicas que servem apenas para criar ambientes e cânticos de tal forma plácidos, por vezes sóbrios e, maioritariamente, encantadores. O músico nascido em
Londres, com ascendência ganesa, a viver actuamente em Paris, amante da simplicidade de Leo Ferré, crítico de
Brel enquanto artista total, dá pelo nome de Benjamin Clementine. É, seguramente, uma voz em crescendo desde que
lançou o "At least for Now", álbum de estreia, afirmando e confirmando o músico talentoso que já é, para que assim o possamos escutar com alegria e redobrada atenção nos temas que hão-de vir. Até doer.