segunda-feira, 19 de junho de 2017

Patti Smith: Dream of Life de Steven Sebring

Daqui:http://stevensebring.com
“I am inspired by her as na artist – a true visionary; a mother. I just found her to be quite extraordinary. 
There´s not a woman that I know that´s like this.”
Steven Sebring
         
         Patti Smith é retratada por Steven Sebring  neste documentário intitulado de “Dreams of Life”. São quase duas horas num mosaico de imagens captado ao longo de uma convivência de onze anos. Steven Sebring filma a rocker, a filósofa, a artista, a poetisa e, sobretudo, a humanista. São visíveis neste documento os concertos, as sessões de spoken words, os happenings, as pinturas, as fotografias. Há, portanto, muitas palavras, muitas conversas, muitas memórias, o cruzamento de tantas histórias e demais narrativas que estabelecem a ponte entre a artista e a sua personalidade.

Um verso de Carlos Bessa

Acordei e era Verão. O céu parecia açúcar

Os Açorianos e a Pesca Longínqua nos Bancos da Terra Nova

       (...) Cada navio leva uma tripulação que oscila entre os 30 a 40 homens; vinte navios absorvem, portanto 800 homens. Em três condições, as empresas vêem-se forçadas a recorrer aos Açores, onde encontram, de resto, um viveiro opulento de homens do mar, enérgicos e de audácia, a quem os perigos dos barcos não intimidam nem despertam receios, habituados como estão à caça aventurosa do cachalote e às cóleras terríveis, tão usuais nos mares das ilhas. (...) A decisão e habilidade dos marítimos açorianos são, mesmo, tão conhecidos e celebrados que não é raro irem as baleeiras tomá-las ao arquipélago, sucedendo em alguns navios mais de metade das campanhas é composta por ilhéus."

in Ilustração Portuguesa, 20 de Maio de 1907, p.612 -615, excerto presente no livro "O Homem e o Mar" de João Gomes Vieira.

O Mar deles como Pastor o Viu*

         
Póvoa de Varzim (Fotografia de Artur Pastor)
           
         
       "É famosa nas Caxinas, a história da tia Adelaide do Abel, que, enterrou um filho bebé na areia – deixando-lhe a cabeça de fora – para que este não gatinhasse até ao mar, enquanto a pobre mulher se atirava ao sargaço.“Eu já fiz isso a uma sobrinha minha.Era p´ra elas num fugire.A minha sobrinha tchorava sem destino. Ela gritaba:-`Ó  tia…´E eu dezia:-`Cala a boca´Eu tinha de tirar a sardinha do barco e cum ela num podia.”


*Reportagem de Abel Coentrão no P2 do Público, 18 de Junho de 2017.