sexta-feira, 12 de agosto de 2022

"A Bicicleta" de Mário Rui de Oliveira

" Já não assobias à passagem dos barcos. Cada vez mais, as mãos recolhem aos bolsos. A bicicleta repousa, talvez para sempre, na velha garagem. Os húmidos campos amarelos sucumbem às queimadas. Os dias, esses, impiedosamente, azuis.
Só a música de um fiozinho de luz te sustenta." 

in "O Vento da Noite", Lisboa, Assírio & Alvim, 2002.

Duas Melancias Acordadas