"A melhor
homenagem que podemos fazer ao espírito d`As
Ilhas Desconhecidas é preservar a
paisagem, protegê-la do betão e de infra-estruturas desnecessárias. As
companhias de baixo custo poderão revolucionar o mercado da aviação, trazer
mais turistas, mas não creio que o arquipélago passe a ser um destino de
massas. A falta da luz e do Sol de outras latitudes dão-lhe alguma protecção, contudo
não há isenção de riscos. Acredito que o turismo nos Açores será sempre
destinado a diferentes nichos de amantes da natureza, a viajantes sem pressa e
pacientes perante os humores atmosféricos. Espero que As Ilhas Desconhecidas nunca venham a
ser lidas pelas futuras gerações como um lamento por um éden que se perdeu."
Paulo Lisboa, in "Nos
Açores, com Raul Brandão no século XXI"- Boletim Cultural Fazendo nº97.