sexta-feira, 30 de outubro de 2015

"4´33"

Evocação de John Cage a partir de Nils Frahm

Aguentas em silêncio?
As tuas mãos 
entre uma nota e a outra
espera mais um pouco
nem uma vulgar medida
ou gesto eloquente ainda
o teu piano em diante
vibra a melodia irregular
Escuta
a virtude e a ascese 
nos teus dedos foragidos. 

Uma Ida ao Louvre…Michaelense!

      A Louvre Michalense é já uma lojas representativas do revitalizado centro de Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel. Com o seu estilo tido como antigo ou clássico não deixando, por isso, de ser visitada com um misto de novidade e curiosidade, perante um passado que é agora motivo de delicados e saborosos encantamentos. Este renovado espaço centenário, que já foi chapelaria e loja de tecidos, ocupou o lugar da primeira exposição do pintor Domingos Rebelo no século passado. Agora é também local de encontro para pequenos-almoços, lanches e compra de presentes e iguarias de natureza insular. Há também algo que chama a atenção em cima das mesas: os cadernos Albo. O nome vem com uma fita escrito como se de um presente se tratasse: Albo Açores. Está associado ao nascimento do dia, ao começar da vida, inspiração, certamente, pois são pequenos cadernos cozidos à mão e com a vantagem de serem todos eles reciclados. Apresentam-se aos nossos olhos com desenhos de pássaros (tentilhões, estorninhos, garças, etc.). Homenageiam com o seu traço as aves que frequentam o ar e os céus açorianos bem como os peixes, essencialmente, chicharros, que se avistam nos mares profundo do Atlântico. Há também cracas desenhadas para lembrar sabores e mergulhos salinos até ao fundo do mar. Estes cadernos podem ser avistados, tacteados e levados para casa. Um regalo para os olhos.