Fotografia de Carlos Olyveira |
Uma vez
por ano, no dealbar da Primavera, os dias e a vida poderiam muito bem ser
assim: reflectir em conjunto sobre aquilo que se faz, produz, constrói, isto é,
falar sobre os caminhos das artes e da cultura e, porque não, o solidificar de
várias cumplicidades e demais projectos criativos em que se encontram
envolvidos. E como foi interessante e deveras entusiasmante, poder conhecer as
visões de Nova Iorque de Jorge Monjardino e Paulo Abreu, a artesania editorial
da Hélastre, de Saguenail e de Regina Guimarães, a descoberta e pesquisa dos
sons de Raquel Castro, as curtas viandantes de André Laranjinha e Eduardo
Brito, as ideias e as palavras representadas de Lígia Soares e Miguel Castro
Caldas ou ainda a música atlântica de Medeiros/Lucas. A acrescentar, tal como
uma cereja em cima de um bolo, algo que o João da Ponte também gostaria de ter
participado - a edição dos “Cadernos de Poesia da Tascá”, com o design de Júlia
Garcia, a organização de Diana Diegues e Rita Freire e
com poemas de Blanca Calero, Bruno Soares, Eduardo Brito, Fernando Martinho
Guimarães, Fernando Nunes, João Malaquias, Leonardo, Miguel Teixeira de
Andrade, Regina Guimarães, Urbano Bettencourt, ainda
as colagens de Paula Mota e João Amado.
Após cinco fins de tarde intensos, curiosos e estimulantes, simples será de concluir que o “Pontes-Gramáticas da Criação" se traduziu num encontro realmente prolífico e auspicioso: entre ideias, filmes e canções, vozes e outros sons, publicações e poemas, ligaram-se cumplicidades, ergueram-se novas pontes. Sempre sob o signo de João da Ponte (que saudades!).
Após cinco fins de tarde intensos, curiosos e estimulantes, simples será de concluir que o “Pontes-Gramáticas da Criação" se traduziu num encontro realmente prolífico e auspicioso: entre ideias, filmes e canções, vozes e outros sons, publicações e poemas, ligaram-se cumplicidades, ergueram-se novas pontes. Sempre sob o signo de João da Ponte (que saudades!).
Retomemos agora, com delicadeza e toda a
humildade do mundo, as agruras e as canseiras do quotidiano (ou lá o que é)
pois a arte e a cultura apenas servem para dizer que estamos vivos e…atentos! Um
bem haja à organização do “Pontes”!