Cartaz do Amostram´isse |
Quem não viu, pode ver agora.
Quem apenas ouviu falar, pode certamente espreitar ou perguntar como foi. Não se
perde muito tempo, aliás, neste caso só há tempo a ganhar. Os filmes são de
pequena duração e foram realizados em território do arquipélago açoriano.O fim-de-semana
cinematográfico abre com o "Varadouro" e o "Meu Pescador, Meu
Velho". O primeiro foi filmado em poucos dias pelo João da Ponte e o Paulo
Abreu, veio de exibições em Londres e Paris, e, o segundo, feito pela madrilena
Amaya Sumpsi, recebeu o prémio Camacho Costa no Cine Eco 2013, e demorou sete
anos. Ambos possuem uma alma enorme e ainda um gosto apurado pela pulcritude
dos espaços insulares. São filmes de gente apaixonada por imagens, sons,
situações, pessoas. E, essencialmente, pelo mar, fascinados pelos lugares de
veraneio ou pelo trabalho piscatório em Ilhas dos Açores. O cinema é, portanto,
uma coisa cara de materializar, processo e técnica que leva tempo a executar,
mas é, certamente, uma ideia em que vale a pena investir. Esta pequena
cinematografia açoriana irá continuar a fazer o seu caminho, mas para que isso
aconteça precisa muito de ser vista, divulgada, esclarecida. E, claro, que hoje
é um dia favorável para iniciar a contenda, já que mais logo,à noitinha, se abrem
as portas do teatro Faialense.