No arco do olho entre os cílios do sol, pavão
sábado, 20 de maio de 2023
"Que Lugares Queremos Criar?" no CAC
Teresa Oliveira e Beatriz Barbosa |
Esta mediação do Centro de Artes Contemporâneas e as escolas visa sobretudo a criação e fidelização
de novos públicos tão necessários à afirmação e consolidação deste espaço na
região e no lugar onde está inserido. Como aproximar o público local da dita
arte contemporânea? Esta e outras questões tornam-se de tal modo
pertinentes que tem levado a uma relação
dinâmica e assídua com o público mais
jovem oriundo das escolas ao mesmo tempo que estabelece uma relação de compromisso e valorização do ensino
e da educação pela arte nas circunstâncias e contexto existentes.
Desta feita, o resultado deste encontro com André Laranjinha e os alunos da Escola
Secundária da Ribeira Grande pode ser apreciado num mural à entrada do edifício assim como a materialização de um fanzine que reúne uma súmula profícua e estimulante de trabalhos
relacionados com o desenho, a colagem, a pintura, num conteúdo em que se misturam sonhos, desejos, desabafos poéticos ou mesmo gritos interiores.
Matilde Gonçalves e Matilde Pacheco |
Fanzine: A Viagem
Da Pobreza
Os avós e bisavós de Portugal caminharam na escuridão para que hoje pudéssemos ter luz. E depois transformaram-se num bosque com árvores como as do quintal do homem da história. Cada um deles está vivo nas raízes que nos prendem profundamente à terra. Ignorar isso é ignorar um país. Ignorar isso é ignorar quem somos.”
Carmen Garcia, in Raizes, Público, 30 de Abril de 2023.
Almanaque Emocional
in"Wether There Be Shine or Gloom" Susana Aleixo Lopes (Centro de Artes Contemporâneas, Arquipélago) |
No interior deste almanaque há leituras e chispas para todos os gostos e feitios. Há, por isso, o "Canteiro da Poesia", o "Pluviómetro Sonoro", o "Suplemento para Estaquia", a "Publicidade Institucional" e ainda uma curiosa "Homenagem Póstuma", onde reza o seguinte: "Encham-me de palha e deixem-me embalsamado no Museu Carlos Machado".
Por variadíssimas razões, aconselhamos a aquisição deste Almanaque Emocional, pois trata-se de uma divertida pedrada no charco na modorra sentimental e apatia cultural e afetiva em que mergulhamos no pós-pandemia. Estamos todos muito carentes destes almanaques predicativos, sobretudo destas hilariantes desconstruções dos modos e usos da vivência insular. Haja, portanto, gente que queira ler e desfrutar do prazer da sua leitura.