sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Social Democracia

Olof Palme:
Primeiro Ministro sueco entre 1969 e 1976
        Gosto de pessoas com convicções. Aprendi a admirar arautos de uma sociedade política e culturalmente exigente, tolerante e, se possível, verdadeiramente democrática. Gostaria, por isso, que o exercício político, isto é, a prática da social-democracia, leve a um Estado Social que caminhe em direcção a uma sociedade mais decente.  Não a um estado que controle a liberdade de todos e a de cada um mas que  seja responsável pela Saúde e a Educação dos seus cidadãos e que tenha também no seu adn a protecção dos mais velhos e o cuidado para com as crianças e os mais desfavorecidos. Se possível, um estado que fomente a progressiva gratuitidade do ensino, do acesso à saúde e o bem-estar da grande maioria dos seus cidadãos. Na realidade, uma sociedade mais justa, mais solidária e mais equilibrada. Ser social-democrata, à moda antiga, é não estar satisfeito com o actual estado das coisas. E, caso ainda for possível, contribuir para mudar. 

O Bob é nobel da Literatura!

     Confesso: nunca fui grande admirador da voz do Bob! No entanto, os meus parabéns pelo Nobel, ainda que para Bob Dylan o prémio não deva adiantar grande coisa! Certo fim de tarde tive que aturar um jovem, pouco mais velho do que eu, um daqueles direitolas sem emenda, que se queixava que um dia as letras do músico norte-americano seriam ensinadas nas escolas e universidades, e que ainda por cima teríamos de suportar aquela esquerdalhice insuportável, mais a lamechice das suas canções. Enfim, tinha que ser, diria ele, para quem a humanidade estaria perdida. Houve também muitos melómanos que me tentaram convencer da grandeza, e que quem adorava a música como eu, teria mesmo que fazer um esforço muito grande para gostar do baladeiro. Defeito meu, nunca consegui, nunca fui capaz. Certo é que fui fazendo várias tentativas, nunca entrou. Nunca consegui. Para mim, a sua voz é demasiado roufenha e arrastada para o meu gosto. Nada contra. O problema, sei-o, é meu. E mesmo agora que o Bob é Nobel, assobio para o lado!