Confesso: nunca fui grande admirador da voz do Bob! No entanto, os meus parabéns pelo Nobel, ainda que para Bob Dylan o prémio não deva adiantar grande coisa! Certo fim de tarde tive que aturar um jovem, pouco mais velho do que eu, um daqueles direitolas sem emenda, que se queixava que um dia as letras do músico norte-americano seriam ensinadas nas escolas e universidades, e que ainda por cima teríamos de suportar aquela esquerdalhice insuportável, mais a lamechice das suas canções. Enfim, tinha que ser, diria ele, para quem a humanidade estaria perdida. Houve também muitos melómanos que me tentaram convencer da grandeza, e que quem adorava a música como eu, teria mesmo que fazer um esforço muito grande para gostar do baladeiro. Defeito meu, nunca consegui, nunca fui capaz. Certo é que fui fazendo várias tentativas, nunca entrou. Nunca consegui. Para mim, a sua voz é demasiado roufenha e arrastada para o meu gosto. Nada contra. O problema, sei-o, é meu. E mesmo agora que o Bob é Nobel, assobio para o lado!
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