Há quanto tempo ouço esta voz feminina a dizer-me de forma sussurrada ao ouvido: “Vidro Azul, duas horas de viagem, neste e noutro tempo, por paisagens de sombra e nevoeiro, um programa de Ricardo Mariano”? É muito realista, simples até, abrir o computador e soltar a mente para ouvir um programa de rádio quando nos dá na real gana. E, certamente, neste mergulhamos convictamente de que estaremos ali connosco e em silêncio, curiosos, a descobrir músicas, canções e temas que farão parte da nossa vida muito em breve, não fosse este “Vidro Azul” um círio no meio da escuridão que promove e faz culto e atenção da música nova que se vai fazendo por esse mundo fora. Agradecido, pois claro!