“Aproveita enquanto andamos por
aqui”, dizia-me
muitas vezes a Joana Matos, para convencer-nos que a viagem se encontrava no
início e que deveríamos aproveitar aquele momento. Ainda hoje nos interpelamos porque
fizémos uma única vez no palco do teatro, dado que era grande o investimento e
entusiasmo por representar naquele palco. E depois de termos esgotado a capacidade da sala e
terem ainda disponibilizado mais dezassete lugares para quem quisesse assistir,
ficou-nos por ali uma leve insatisfação e uma alguma tristeza ou incompletude
no resultado final. No entanto, sentimo-nos agradecidos a todos os que se empenharam
com a nossa passagem pela sala do Teatro Micaelense.
E
para quando uma digressão pela ilha? A pergunta de tantas vezes repetida que
algum tempo depois decidimos colocar mãos à obra. E, dada a
proximidade das festas e do verão, deparámo-nos com várias dificuldade em levar
a peça ao Teatro Ribeiragrandense pois houve sempre incompatibilidade com datas e disponibilidade do elenco. Conseguiríamos depois apresentar em sessão dedicada às escolas e, com a
colaboração dos finalistas do secundário, no auditório escola de Vila Franca do
Campo. E ainda pouco tempo antes das férias, acampámos no formidável “Cineteatro
Lagoense Francisco D´Amaral Almeida”, na cidade da Lagoa, com direito a vários
dias em cima do palco para ensaios e trabalho de luz e som com o Cristóvão
Ferreira, numa experiência que resultou aprimorada e harmoniosa como se constatou no
trabalho final. Curiosamente, reconhecemos hoje que esta terá sido a nossa melhor
apresentação das seis efectuadas.
Em
suma, um ano depois, fica a evocação e memória teatral pois façamos jus e força para que outras e
novas aventuras teatrais surjam no horizonte. Assim haja oportunidade.