domingo, 13 de janeiro de 2013

Incomoda não haver...

Uma das capas do disco

Amigos terceirenses mostram-me a curiosa capa do disco "O Cantar Na M´ Incomoda" - disco de 1998, estranhamente esgotado! Extraordinário trabalho de Carlos Medeiros que há dois anos conheci na "sede" do Boletim Cultural Fazendo(https://issuu.com/fazendofazendo), na Ilha do Faial. Há músicas que não se cansam de ser escutadas, como são as canções florentinas: "O Marujo", "Santiana" e "Rema", esta última tocada vezes sem conta pelo José Serpa no verão passado, em plena Fajã Grande, na Ilha das Flores, com a sua guitarra portuguesa. Músicas maravilhosas, como bem sabemos! E assim chegamos, contemporaneamente, ao Pedro Lucas e aos dois trabalhos do "O Experimentar na M´Incomoda", CD´s que homenageiam o trabalho do Carlos Medeiros e do José da Lata, mas que também não se encontram aqui à venda ou disponível ao público em nenhum local. Quando saiu recentemente o "2: Sagrado e o Profano", disco agraciado com as melhores críticas na imprensa continental - "Público" e "Expresso",  pensou-se que finalmente o(s) disco(s) se estenderiam às mais diferentes ilhas açorianas, o que não se veio a verificar. Por outro lado, continua a ser uma surpresa o silêncio da imprensa terceirense, omitindo até ao momento a existência do disco, não mencionando ou fazer qualquer referência a este trabalho. Gosto muito dos trabalhos e da voz do Carlos Medeiros, dos discos do Zeca Medeiros, da reinvenção do Pedro Lucas, mas à semelhança do Museu das Flores que fechou no mês de Agosto de passado, continuarei sem perceber por que é que os discos destes músicos não estão disponíveis em todas as ilhas em qualquer instituição pública açoriana. Os Açores são ilhas de bons e conceituados músicos - dizem que muito disso se deve às Filarmónicas -  mas continua, no entanto, a faltar qualquer coisa para uma distribuição efectiva dos autores açorianos. Qualquer forasteiro que aqui chegue devia poder encontrar mais qualquer coisa do que o folclore tradicional.