domingo, 6 de agosto de 2023

Cinema ao Ar Livre: Curtas no Solar

         Uma noite de sábado deste início de Agosto para ver o Melhor da 31ª edição do Festival Curtas Metragens de Vila do Conde ocorrido no último mês de Julho, entre os dias 8 e 16.  A sessão começou com Rosemary A.D. (After Dad), do realizador estadunidense, Ethan Barrett. Uma pequena história ilustrada sobre o amor e a morte, animada pelo humor e a beleza dos desenhos explorados subtilmente por um narrador irónico q.b. Seguiu-se Natureza Humana, da realizadora portuguesa, Mónica Lima, detentora do Prémio do Público e Prémio Sociedade Portuguesa de Autores, tratando-se aqui de um sugestivo quadro sobre a espera e o desespero de um casal à procura de descendência. A realizadora soube contrastar a infertilidade com a explosão da natureza e a vivacidade das crianças em redor. Certamente um filme de alguém que adora a fotografia e o desenho arquitectónico. Outro filme foi Il Compleanno di Enrico, do realizador italiano, Francesco Sossai, conta-nos a chegada e presença num aniversário de uma criança e é, através do seu olhar e da sua procura de aceitação e compreensão, que o seu mundo se nos apresenta tão desconhecido e extravagante. Apesar de toda a estranheza, eis-nos perante um bonito gesto cinematográfico sobre a diferença e diversidade. Por último, foi exibida a curta 2720,  do realizador luso-suíco, Basil da Cunha, que obteve o prémio para Melhor Realizador Português. Trata-se de uma curta-metragem trágico-cómica de um bairro periférico de Lisboa em que a língua é o criolo mas a indiferença e a vergonha é toda nossa. No fundo, um filme enérgico, movimentado entre o interior e exterior, mantendo sempre o humor e a música como elementos de uma cultura maior.

Provérbio

Lua de Agosto dá no rosto