tudo está quieto. é mesmo assim.
frágil é a vida.
pobres de nós que rastejamos
em busca de uma palavra de conforto
para mais um dia que dança
à volta de si mesmo.
perguntamo-nos a nós próprios
como se pode caminhar
na estrada que comete todos os crimes;
tudo acontece como se fosse
a primeira vez. e é.
a dor é a criatura mais antiga da alma.
Sónia Bettencourt, Angra do Heroísmo, Pena e Pluma, 2003.