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Barco do Amor de Bruno Podalydès imagem daqui: (www.rtbf.be) (La Petite Vadrouille, 2024) 10 de Outubro, 18h30, no Teatro Ribeiragrandense |
sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Clube de Cinema da Ribeira Grande
Da Dissimulação
terça-feira, 7 de outubro de 2025
terça-feira, 30 de setembro de 2025
Clube de Cinema da Ribeira Grande: Rei dos Elfos
Por Onde Anda a Alma da Cidade?
"(...) O que falta a esta cidade de escassas duas centenas de milhar de habitantes e um número indeterminado de população flutuante? (cálculo da polução residente nas freguesias urbans segundo o censo de 2021). Falta-lhe visão e planeamento urbano. Falta-lhe vida económica e cívica. Falta-lhe habitação a custos acessíveis. Falta-lhe uma política cultural que ultrapasse o mero entretenimento, projectada para a criação artística e para a valorização do património. Falta-lhes espaços verdes de proximidade. Falta-lhe educação, participação democrática, bem estar e desenvolvimento ético como única via para "curar" a cidade por meio da "alma" dos seus cidadãos."
Isabel Soares de Albergaria in Avenida Marginal:Re(imaginar) Ponta Delgada, Artes e Letras Editora, Agosto de 2025
Avenida Marginal: (Re) Imaginar Ponta Delgada
terça-feira, 23 de setembro de 2025
terça-feira, 16 de setembro de 2025
CAC: Um Sábado na Criação!

Lourdes Castro: Existe Luz na Sombra
Os sábados são
propícios à conversa, à escuta, e é Denise Pollini que vai soltando exemplos de
projetos artísticos com participação pública, tais como os “Domingos da Criação”, em plena ditadura
militar brasileira no final dos anos 60, por Frederico Morais, à altura crítico
e curador do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Fomos também passando os
olhos pelo trabalho de Elvira Leite nos idos anos 70, no largo de Pena Ventosa,
no Bairro da Sé, no Porto, com fotografias de crianças e jovens a desenhar e
pintar nas ruas ou construir carrinhos de rolamentos ou ainda a performance The Crystal Quilt (1985-1987), da
artista Suzanne Lacy, para nos lembrar que os idosos existem e que nem sempre a
arte foi tão institucional. Ela trouxe, por isso, o conceito de Comuns, em que fala da partilha de
recursos e da criação colaborativa de conhecimento, tão necessária nos dias que
correm.
Uma manhã que logo
daria lugar à tarde com a inauguração, nos vários espaços do Arquipélago, Centro
de Artes Contemporâneas, da exposição “Lourdes Castro: Existe luz na Sombra”,
com a curadoria de Márcia de Sousa. É uma mostra extensa da artista madeirense
que nos deixou em Janeiro de 2022, não faltando ali praticamente nada sobre a vida e obra de
uma mulher talentosa que marcaria de forma indelével a arte portuguesa do século XX. É uma
exposição vibrante – como são belas as capas da revista KWY ou as serigrafias
do seu herbário! – ou ainda todas as suas frases e bolbos espalhados pelas celas
daquele espaço. Certamente que um dia não chegará para nos abrigar de tanta
sombra!

domingo, 14 de setembro de 2025
Yuzín: Setembro está aí!
Os Transportes....
Em São Miguel, que representa 35,8% das respostas, as principais preocupações dos inquiridos em relação ao turismo prendem-se com a necessidade de melhorar a rede de transportes públicos, reduzindo a dependência do aluguer de automóveis, e de limitar o acesso de não residentes a determinadas zonas balneares, como a Ferraria. (...)
Na Terceira, que representa 32,8% das respostas, os residentes destacam também como prioridades a melhoria da rede de transportes públicos, com mais rotas e horários, e a necessidade de supervisionar o desenvolvimento turístico da ilha(...)
Já no Faial, que corresponde a 31,8% das respostas, as maiores preocupações prendem-se com a melhoria da rede de transportes públicos e a supervisão do desenvolvimento turístico da ilha, a limitação do número de turistas na época alta com a promoção da época baixa e com a formação de profissionais do sector (...)"
in Açoriano Oriental, 10 de Setembro de 2025
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
24 Hour Party People: Saudades de Manchester!
quinta-feira, 4 de setembro de 2025
Misericórdia de Lídia Jorge
O Jornal de Rui Frias
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Fotografia de Mário Cruz, Lusa. |
domingo, 31 de agosto de 2025
Burning Summer: África Minha!
sexta-feira, 29 de agosto de 2025
quinta-feira, 28 de agosto de 2025
quarta-feira, 27 de agosto de 2025
Melancolia do Fim de Agosto
terça-feira, 26 de agosto de 2025
Livre: Viagem à Albânia com Lea Ypi!
terça-feira, 19 de agosto de 2025
Da Gentrificação
sábado, 16 de agosto de 2025
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Da Lucidez
"E se aparece um tipo a berrar:"Mete-se tudo na cadeia" há uma quantidade de pessoas que vão atrás dele. Se aparece um tipo com um tambor e uma corneta e uma bandeira a desfilar pela rua fora, junta-se uma quantidade de pessoas atrás dele, e então elas vão até ao fim."
Zeferino Coelho, Expresso, 8 de Agosto, editor da Editorial Caminho.
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Música para um Estio Quente
Back to the Old House - Hatful of Hollow, 1984 - The Smiths
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Do Jornalismo
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Il Sorpasso de Dino Risi |
A Vespa é só um dos vários exemplos que podem ser encontrados em manuais sobre inovação em tempos de crise. Também ao jornalismo a necessidade de reinvenção tem levado à experimentação de novas fórmulas, novos projectos, novos modelos de negócio. Por entre o negro horizonte instalado, vão surgindo pequenos sopros de esperança, seja à boleia de projectos independentes, de plataformas colaborativas, de novos formatos (podcast, jornalismo de dados, factchecking....) ou de diferentes formas de financiamento que sustentem a sobrevivência dos media.
Fétiche Bélico de Sónia Bettencourt
Ele até aposta a sua vida em como um dia matará alguém
que nunca sequer chegou a existir
sem pactos nem asas!
como se o fim estivesse à saída de um disparo
sábado, 9 de agosto de 2025
Burning Summer: Ecos Cinematográficos!
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Porto Formoso Fotografia de Frederico Rocha fredrocha.net |
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
Do Bom Carácter
segunda-feira, 4 de agosto de 2025
Matar o Tempo de Naná da Ribeira
uma bóia é tudo o que precisamos
a neblina à distância de um palmo
uma paisagem de escarpas e montes
rebentam ondas e há ainda quem se atreva
de mim, de ti e do que nos atormenta
Lourdes Castro: Sombras no CAC.
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"Pelas Sombras", 2010 Catarina Mourão |
quarta-feira, 30 de julho de 2025
Enfim...a Canícula!
O calor abafado, enfim, voltou. A água salgada do
mar faz o seu vaivém nas praias de areia preta que, entretanto, amornam e, com
as temperaturas do ar cálidas, retornam também os garajaus, essas andorinhas
insulares que nos devolvem a visão do seu voo e beleza.
Abandono, assim, mais uma casa, aquele quarto, mais uma morada (quantas moradas? quinze, vinte?), permaneço com os
nomes de bairros e ruas gravado na memória – Casal de Malta, Canal, Calouste Gulbenkian, Jogo da Bola,
Senhora do Almurtão, Barão de Roches, Miragaia, D´Agoa, Guilherme Poças Falcão, Laureano, Rua
Nova da Misericórdia, Gaspar Fructuoso, Ladeira das Águas Quentes, Pópulo Pequeno, Livramento, etc…a convicção também de que em breve irei
encontrar outro destino, outros olhares, novas memórias. Todos os verões, eis que regresso às águas
gélidas que povoam a minha infância e adolescência, torno às sessões de cineclube às quintas-feiras e aos filmes ao ar livre na cidade vizinha,
cidade onde procuro em vão a professora F. – ensinou-me a língua francesa apenas com o seu sorriso – ou visito, quando posso para uma longa charla, a professora M., de
Filosofia, tal como ainda provisiono uma ou várias barrigadas de sardinhas para
o jejum insular que se seguirá.
Proclamo, por agora, um até já às minha coisas
e às que julgo pertencer, despeço-me dos locais onde repousei o olhar, abraço as
pessoas que conheci e as outras tantas que gostei de conhecer. Interrompo, entretanto, as
conversas com os mais próximos com quem conversei, relembro os momentos
partilhados, os bons e os maus. Aproveito para implorar absolvição pelas ocasiões em que excedi a sua paciência quando exalto o prazer no presente ou a existência de melhores
dias vindoiros. Não me canso de referir o peso de que somos feitos, este
desconsolo que nos tolhe os movimentos, inclusive, a melancolia a escrever, tão implicada de dor e culpa, e que vejo entrar quarta
invasão francesa, já enunciava o Alexandre O´Neill, com assertividade e sem
ela. Um poeta maior que nos abandonou em Agosto, pois já não conseguia contrariar o
vento, a morrinha, a nortada. E que frequentemente tropeçava de ternura…
Abandono, assim, mais uma casa, aquele quarto, mais uma morada (quantas moradas? quinze, vinte?), permaneço com os nomes de bairros e ruas gravado na memória – Casal de Malta, Canal, Calouste Gulbenkian, Jogo da Bola, Senhora do Almurtão, Barão de Roches, Miragaia, D´Agoa, Guilherme Poças Falcão, Laureano, Rua Nova da Misericórdia, Gaspar Fructuoso, Ladeira das Águas Quentes, Pópulo Pequeno, Livramento, etc…a convicção também de que em breve irei encontrar outro destino, outros olhares, novas memórias.
Proclamo, por agora, um até já às minha coisas e às que julgo pertencer, despeço-me dos locais onde repousei o olhar, abraço as pessoas que conheci e as outras tantas que gostei de conhecer. Interrompo, entretanto, as conversas com os mais próximos com quem conversei, relembro os momentos partilhados, os bons e os maus. Aproveito para implorar absolvição pelas ocasiões em que excedi a sua paciência quando exalto o prazer no presente ou a existência de melhores dias vindoiros. Não me canso de referir o peso de que somos feitos, este desconsolo que nos tolhe os movimentos, inclusive, a melancolia a escrever, tão implicada de dor e culpa, e que vejo entrar quarta invasão francesa, já enunciava o Alexandre O´Neill, com assertividade e sem ela. Um poeta maior que nos abandonou em Agosto, pois já não conseguia contrariar o vento, a morrinha, a nortada. E que frequentemente tropeçava de ternura…
terça-feira, 29 de julho de 2025
sexta-feira, 25 de julho de 2025
A Paixão de Dodin Bouffant: O Napoleão da Arte Culinária!

Imagem daqui: https://revistadeguste.com/
Comer é uma actividade essencial do ser humano mas convenhamos que este verbo tem um vasto leque de signficados, com diferentes ligações à existência. No que diz respeito a este filme - La Passion de Dodin Bouffant, de Tran Anh Hung - que obteve em português a tradução de "O Sabor da Vida" - trata-se de uma incursão exclusivamente sensorial a partir do universo de uma cozinha partilhada por dois esmerados cozinheiros. A acção cinematográfica decorre entre tachos, panelas e fogões, degustando sabores, aprimorando paladares e seguindo sugestões de aprendizagens efectuadas aquando da ingestão de alimentos e reconhecimento dos aromas. É um agradável filme de seguir, não só pelo facto de ficarmos sugestionados e com apetite, bem como pelas interpretações competentes dos dois actores em presença: Juliette Binoche e Benoît Magimel.

Despedida de Naná da Ribeira
os dias esfumam-se lentamente
todo o azul e toda a claridade
ouve-se um saxofone no corredor
ninguém diz nada, ninguém sabe nada
o motor é o escape possível no asfalto
as unhas de gel carregam no telemóvel
produzem um enervante som de plástico
único mistério guardado da existência
amanhã não subsistirá mais nada
apenas uma algibeira de memórias
e a habitação de uma descoberta desfeita
terça-feira, 22 de julho de 2025
Um Poema de Afonso Braga
quando a boca se fechava no silêncio da noite como um cravo incendiado
pela temperatura da idade como um cravo tocado pela morte
a entrar na vida como um animal à procura de alimento devastando as veias
do teu sangue sumptuoso até outro corpo ser imaginado e outras palavras reflorescerem nas escarpas do teu ventre perfumado a queda
nos esgotos da eternidade
onde não há tempo nem medo que te obriguem ao amor
in Locomografia, Editora Atelier Produção, 2009.
CAC: Saber Fazer; Saber Ver
Desta feita, a exposição “Produção Artesanal Portuguesa: A Atualidade do saber fazer Ancestral” acaba por ser uma panorâmica do artesanato nacional, pois há tapetes de arraiolos, cocharros, viola campaniça ou ainda peças oriundas do arquipélago açoriano, tais como a viola de dois corações (São Miguel) a Joeira de Santa Maria, o Lenço do Faial, entre tantas outras. É a nossa riqueza artesã e beleza dos nossos labores manuais a precisar de ser vista e apreciada. Quanto à exposição “O Tempo de Estar”, com curadoria de Beatriz Brum e Sofia Carolina Botelho, esta pretende ser uma reflexão com o espaço museológico deste espaço, isto é, pensar a relação dos artistas e do público com este lugar de afirmação artística que perdura no aqui e agora. Parte, por isso, da necessidade de conceber um acervo referencial deste lugar que seja um verdadeiro mosaico da arte contemporânea ao qual se vai acrescentado pensamento, diálogo e memória com outros trabalhos em destaque.
segunda-feira, 21 de julho de 2025
Conselho
João Miguel Tavares, in Público, 17 de Abril de 2025.
domingo, 20 de julho de 2025
Da Fobia
Atena de Ana Paula Inácio
nem jónica
dorsal
a coluna majestática
da infância
das saias
das irmãs
a goma barata
rocegando-te
as pernas descobertas
do Verão
o pêlo eriçado
um gato
sábado, 19 de julho de 2025
Da Cobardia
"José Gil tem razão quando nos diz, de uma forma elegante, que nos ficou a cobardia, dos tempos do obscurantismo, temos muita dificuldade em expressarmos livremente o que sentimos. Mas já passaram 50 anos e várias gerações. Não diz, mas digo eu, que preferem mostrar a sua insatisfação através de radicalismos anónimos, expressos, cada vez mais, nos atos eleitorais."
José Gameiro, in Amorfos Felizes, Expresso, 11 de Julho de 2025.
Santa Bárbara de Naná da Ribeira
Se foi por acaso não saberei conferir
Antes assim uma
descoberta inusitada
No dealbar do estio esta
paisagem
Tão singela e tosca nas
suas manifestações
A interioridade de terras
acidentadas
Beleza e colorido das
papoilas e hidrângeas
As móveis nuvens e os
verdes tão distintos
Raios a incidir na feição
dos plátanos
Benditas chuvas que tombam
sobre os campos
Ampliam árvores e o vigor
das folhagens
Rasgam muros de sombra no
desenho das fábricas
Até ao eclodir do
marítimo horizonte
quarta-feira, 16 de julho de 2025
Dos Gregos
Nómadas de Naná da Ribeira
Ouvem das casas de passagem ordem de despejo
Mudam-se vezes sem conta e com eles surge
A vontade de serem lidos em silêncio
Duvidam, pois, do tempo que ali permanecerão
terça-feira, 15 de julho de 2025
Antero de Quental
a arca secreta da verdade,
lugar coberto de dor e pó de lágrima,
onde a memória guarda o sudário do futuro.
Emanuel Jorge Botelho e Urbano in a vida e uma manhã, Publiçor, 2010.
As Amoras de Sophia de Mello Breyner
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
segunda-feira, 14 de julho de 2025
Ciclo Imaginário de Cinema ao Ar Livre(2)
O segundo filme deste ciclo imaginário
de cinema ao ar livre seria para “Maria do Mar”, uma curta-metragem de João
Rosas, realizada em 2015, seguido de “The Florida Project”, Sean Baker. O
primeiro aborda a adolescência de Nicolau (Francisco Melo), a vida de um jovem que acompanha o irmão mais velho e amigos, num fim de semana
estival até à cidade de Sintra. Esta curta-metragem continua a ser uma delicada
estranheza, muito pela cumplicidade com que o personagem Nicolau vai
estabelecendo com o espectador ao longo do filme. Agora que João Rosas estreou “Vida Luminosa”, e que
completa a trilogia, seria de bom tom mostrar este “Maria do Mar”.
Quanto
a “The Florida Project”, o filme de 2017
do super oscarizado Sean Baker, é um fortíssimo cartão postal para
conhecer a obra deste realizador. Trata-se da história de uma pequena criança de seis anos de idade,
Moonee (Brooklynn Prince), que partilha com a mãe Halley (Bria Vinaite) um
apartamento de um motel a beiras com a fantasia da Disney World. Podemos mesmo dizer
que não há melhor projecto de enfrentamento de uma canícula abafada e lassa.
Este filme é o retrato de uma Flórida à margem, com as contradicções e as
típicas aventuras de um mundo precário e plastificado, em que a Disney World
surge como a glorificação do desejo humano.
Verão de Naná da Ribeira
Estamos agora onde devíamos estar
Ruas nuas, praias de basalto quente
Arde a fogueira interior dos vulcões
domingo, 13 de julho de 2025
terça-feira, 8 de julho de 2025
Citações
domingo, 6 de julho de 2025
Quarteirão de PDL: A Energia a Despontar
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Fotografia de Carlos Olyveira |
sábado, 5 de julho de 2025
Sobre o Caos
Luís Fernandes, entrevista de João Pacheco, Revista do Expresso, 3 de Junho de 2025.
sexta-feira, 4 de julho de 2025
quarta-feira, 2 de julho de 2025
A Ilha de Almeida Firmino
Dizem os garajaus ao voltar
Que não mais será diferente
Crepúsculo na Ilha de Marcolino Candeias
tecidas
num esvoaçar de sons
o gesto último
de querer prender à terra toda a sua vida
brota um crepúsculo de flores esmagadas
Ciclo Imaginário de Cinema ao Ar Livre (1)
Todos os anos, quando a permanência no interior das casas se torna insustentável, dou por mim a imaginar a programação de sessões de cinema ao ar livre, isto é, a propor à minha freguesia de bairro uma selecção de filmes que primem pela qualidade narrativa, uma banda sonora irrepreensível, boa cadência e ritmo cinematográfico. É claro que não posso descurar que haja uma boa amplificação do som e que estejamos todos bem sentados. Assim, será uma boa sessão de cinema ao ar livre em que nada possa ficar de fora. Então, a sessão inaugural teria o filme de Emir Kusturica, Gato Preto, Gato Branco, realizado em 1998. Pela película andam ciganos que habitam nas margens do Danúbio, os seus negócios mal afamados com os russos, desvios de comboios com gasolina de Belgrado com destino à Turquia, uma atiradora furtiva que atira aos barcos sobre as águas e ainda Dadan, o patriarca da comunidade que possui um harém. Enfim, a desbunda típica dos filmes de Kusturica com muita música e charangas à mistura.