Mostrar mensagens com a etiqueta Lugares de Pertença. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Lugares de Pertença. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Santo Amaro, sempre!

Santo Amaro (Foto FN)







Em Santo Amaro, Ilha do Pico, conhecemos um homem, antigo construtor naval que, após nos oferecer queijo e vinho, nos disse: "Se o assunto for futebol, não sei dizer nada. Se quiserem falar de barcos, falarei convosco a noite inteira."

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Mar Imenso


Baía do Canto por FN

     "Sempre que regresso às ilhas atlânticas trago comigo o livro de Raul Brandão. Descubro na sua leitura livros e situações - na luz e no silêncio - coisas que me surpreendem, seduzem, fascinam. Mas é o convívio humano - olhares, gestos - e a sua generosa entrega, que me enriquece espiritualmente e aqui procurei evocar. O amor para com os outros é o melhor de nós. E é o melhor de nós que encontro no meio deste mar imenso."

Texto da exposição "Aproximações" da autoria do fotógrafo Jorge Barros, Casa da Cultura de Angra do Heroísmo.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Associativos e Desempoeirados

      Quando não há ou o que existe não tem interesse, ou porque é muito caro e não é solidário, ou porque não gera nem se  multiplicam as  vozes, as pessoas juntam-se e fazem. Nestas associações há sempre muita carolice, muita invenção e dedicação bem como uma genuína vontade de marcar a diferença. Quem vai regularmente a Cedofeita, cidade do Porto, reconhece este empenho, para lá do lugar de convívio e encontro, identifica neste espaço da Associação Cultural Compasso uma abertura para a aprendizagem, a partilha de saberes e de intervenção social. Das aulas de blues, de permacultura,  yoga, sessões colectivas de poesia e de cinema, o espaço do Compasso é, essencialmente, um lugar aberto e dado à curiosidade e realização. Assim continue...


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

As cidades e os cineclubes

                                                          fotograma de Amarcord de Federico Fellini

           Os cineclubes estão de regresso às cidades. Durante muitos anos os cineclubes laboraram com a ajuda estimável e prolongada dos institutos de cinema, da cinemateca, de  consulados e embaixadas de muitos países que foram cedendo filmes e informação disponível sobre as películas e os realizadores. Os cineclubes continuam portanto a ser lugares de aprendizagem e descoberta da sétima arte. A forma como nos relacionamos com o mundo das imagens em movimento está a mudar de uma forma vertiginosa mas ninguém ignora a suprema satisfação que é assistir a um filme na sala de cinema. Os cineclubes tentam reformular o seu espaço, a sua actividade e a sua relação com o(s) públicos(s). Não nos enganamos se dissermos que muitos deles foram o "viveiro", a verdadeira escola de uma parte dos festivais de cinema em Portugal bem como tiveram um papel preponderante na criação de actores, realizadores, técnicos e produtores. O cineclube do Porto regressa hoje, após algumas sessões no Espaço Compasso da Cedofeita, ao Passos Manuel com a sessão:"Um documentário Bestial", um filme documental sobre touradas, touros, bestas e muitas outras bestialidades. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

As coisas eternas perduram


Ilustração de Pedro Valim

          Comecemos assim pela singularidade e estranheza do título: “É na Terra não é na Lua”! O filme foi exibido no dia 7 de Outubro, no Auditório de Vila do Conde, numa proposta do cineclube local. Este super premiado documentário remete para o afastamento e isolamento deste lugar terrestre com apenas 17 quilómetros e 440 habitantes. O realizador Gonçalo Tocha, acompanhado por Dídio Pestana, faz aqui demanda às suas raízes açorianas com o objectivo de fixar o presente corvino em película, revelando-nos assim a ilha mais pequena do arquipélago bem como um gorro tecido por mãos que ligam o passado ao presente. O escritor Raul Brandão, também ele, deixou-se fascinar pelo Corvo em 1924 e onde viria a escrever dois anos depois nas “Ilhas Desconhecidas”: "Aqui acabam as palavras, aqui acaba o mundo que conheço; aqui neste tremendo isolamento onde a vida artificial está reduzida ao mínimo só as coisas eternas perduram.”  O filme do Gonçalo Tocha e Dídio Pestana é um milagre que agora está acessível a todos - acaba de sair em DVD - aproximando-nos assim do Corvo, essa pequena ilha com alma de gigante guardada no meio do atlântico.