segunda-feira, 23 de maio de 2022

FALTA#4: Agora nos Escaparates!

    A FALTA#4 está agora no silêncio dos escaparates e das estantes das livrarias e galerias à procura dos seus leitores. Por isso, há quem se lembre de questionar o seu conteúdo dedicado totalmente à FORÇA, e que conta com contributos de gente de muitas áreas e oriundas das mais variadas geografias, uma entrevista ao fotógrafo Alberto Garcia-Alix, outra à cantora Maria Carolina, ainda um Questionário Marado ao cineasta Luís Filipe Rocha e um Quizazórico. É mais número para guardar e colecionar nesta edição com 250 exemplares e com uma capa bem apelativa realizada em serigrafia.

Do Poder

     "Aquilo que nos acontece no dia-a-dia, não é tanto resultado de acasos mas sim de decisões de um núcleo de poder. O que acontece no mundo vem desses vários núcleos de poder e os cidadãos podem estar mais próximos ou afastados deles. É fundamental que esses núcleos sejam ocupados pela cidadania, pela participação das pessoas."

José Carlos Barros, in Ipsílon, sexta-feira, 20 de Maio de 2022

domingo, 22 de maio de 2022

"Eden", de Daniel Blaufuks

 Logo a abrir este documentário de 64 minutos, realizado por Daniel Blaufucks e produzido por Fernando Vendrell, uma frase da condição de ilhéu fica a pairar: “O mar e o cinema eram as únicas formas de sair da ilha.” É, sem dúvida, este o mote para o que iremos ver e ouvir a seguir numa sala de cinema desabitada enquanto palco de memórias e nostalgia. O cenário? São Vicente, arquipélago de Cabo Verde
  È, assim, no cenário do já extinto cinema Eden, em São Vicente, Cabo Verde, que pressentimos a existência e a memória do que este foi e representou para os cabo-verdianos, sobretudo a sua história e suas ocorrências. É interessante, sobretudo, pelos depoimentos de pessoas que vivenciaram de perto aquelas “memórias”, a evocação dos títulos traduzidos e pelos cartazes dos filmes apresentados que se vão desfiando episódios e narrativas em tornos daquelas concorridas sessões. E, como não podia deixar de ser, o filme tem mornas, coladeira e imagens de arquivo!
    “Eden” é, portanto, um depósito de histórias de um cinema insular enquanto este foi fecundo e promissor…um verdadeiro cinema paraíso!

sábado, 7 de maio de 2022

FALTA#4: Que Força é Essa?

     “Que força é essa?”, perguntava Sérgio Godinho na canção que abria o seu primeiro LP, "Os Sobreviventes". O álbum foi gravado em abril de 1971, numa vivenda nos arredores de Paris, curiosamente no mesmo estúdio onde, também nesse ano, foram gravados "Cantigas do Maio", de José Afonso, e "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades", de José Mário Branco."

Miguel Cardina in FALTA#4, edição de Maio de 2022.

terça-feira, 3 de maio de 2022

FALTA#4: Sob o Signo da Força!

     Esta FALTA#4 conta com os contributos literários e artísticos de autores de várias geografias e de áreas artísticas bem diferentes. Há, portanto, muito para ver e ler em 74 páginas numa edição de 250 exemplares.

    Podemos ler ensaios, sobre resiliência ou música, ver ilustrações,fotografias,mergulhar em poesia ou prosa poética, ou prosa tão só.
    Temos que destacar a entrevista ao fotógrafo castelhano Alberto Garcia Alix, o artigo sobre a cantora Maria Carolina, o Questionário Marado, que  questionou o realizador de cinema, Luís Filipe Rocha, o Quizazórico e o Interrogatório ao empreendedor de esculturas de grande porte - Teodoro Borra D´Ércules e, por fim, uma playlist assinada por Luís San Payo.
FALTA

"A Minha Primeira Bicicleta" de João Habitualmente

Foi nela que visitei o sol

E a praia. E o sal
levou-me também às primeiras raparigas

A minha bicicleta 
era o sol - e a própria viagem astral

in Um dia tudo isto será meu (uma antologia), elogio da sombra, Porto Editora, Setembro de 2019.

domingo, 1 de maio de 2022

O Maio de Raul Brandão

    "Era decerto condão das flores - mas também de Maio que chegou, com a sua magia e o seu sonho. Rebentaram novas fontes, e a terra dila-eis agitada e viva. Sob o chão que calcamos correm rios de tintas que transbordam e cobrem as árvores de roxo, púrpura, de verde."

in "A Pedra ainda espera dar Flor", Organização de Vasco Rosa, Quetzal edições, (Brasil-Portugal, Lisboa, 16 de Maio de 1901, pp.125.26. Tb.in Vimaranense, Guimarães, 5 de Maio de 1917, p.1).

Da Máscara

 "Todos somos uma espécie de teatro, e quando escrevemos, ainda mais. A escrita para o outro é abraçar isso, conscientemente. A escrita para nós é fingir que isso não existe. Mas agora, em vez de acreditar na pureza, tento dizer algo de genuíno por outro caminho. Quando pomos uma máscara, o nosso corpo mexe-se de forma diferente. Somos impelidos a inventar ou imitar uma personagem. Nós estamos nessa invenção, que é uma faceta do que somos."

Rodrigo Amarante entrevistado por Lia Pereira, Revista Expresso, 14 de Abril de 2022.