sexta-feira, 1 de novembro de 2024
Astrakan 79: Entre a Memória e a Fábula
domingo, 24 de setembro de 2023
quinta-feira, 13 de outubro de 2022
"No País de Alice" de Rui Simões
No País de Alice é um bonito filme! E, ultimamente, não abundam filmes bonitos! É um filme para todos aqueles que ainda gostam muito de Portugal, uma declaração de amor a este país antigo com séculos de história, um cartão postal apaixonado em forma de poema visual para um país que não desiste das suas raízes, que não renega, mas, sim, exalta a valorização do seu território periférico e que, por sinal, ainda não vacilou completamente perante uma globalização que tudo oblitera, uniformiza e condena ao desaparecimento.
quinta-feira, 16 de junho de 2022
"Lúcia e Conceição": A Vida Continua!
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Fotograma de "Lúcia e Conceição", Fernando Matos Silva Aqui: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/lucia-e-conceicao/ Fotografia de Carlos Melo |
domingo, 22 de maio de 2022
"Eden", de Daniel Blaufuks
È, assim, no cenário do já extinto cinema Eden, em São Vicente, Cabo Verde, que pressentimos a existência e a memória do que este foi e representou para os cabo-verdianos, sobretudo a sua história e suas ocorrências. É interessante, sobretudo, pelos depoimentos de pessoas que vivenciaram de perto aquelas “memórias”, a evocação dos títulos traduzidos e pelos cartazes dos filmes apresentados que se vão desfiando episódios e narrativas em tornos daquelas concorridas sessões. E, como não podia deixar de ser, o filme tem mornas, coladeira e imagens de arquivo!
“Eden” é, portanto, um depósito de histórias de um cinema insular enquanto este foi fecundo e promissor…um verdadeiro cinema paraíso!
quinta-feira, 4 de novembro de 2021
"Lúcia e Conceição": À Luz da Camelia Sinensis!
Ainda hoje o hábito contemporâneo do chá caracteriza-se por ser bebido às cinco da tarde numa chávena de porcelana. O chá terá sido introduzido nos Açores por via das naus e caravelas provenientes do oriente no século XVIII. Depois, foram chegando biólogos e botânicos que aprofundaram o conhecimento da planta camelia sinensis e tornaram o chá um fenómeno insular…até hoje!~
“Lúcia e Conceição” é um documentário produzido pela “Cinequipa”, um grupo de cineastas da RTP, liderada por Fernando Matos Silva. A realização do documentário “Lúcia e Conceição” ocorreu no ano de 1974, um ano antes da primeira emissão de televisão nos Açores, que teve lugar a onze de agosto de 1975. Este documentário retrata as crianças e adolescentes que trabalhavam nas plantações de chá, na Gorreana, freguesia da Maia. A Fábrica da Gorreana é, ainda hoje, dos locais mais antigos da produção de chá na Europa, com data da fundação de 1893. Em 1974, à altura deste registo documental, o vencimento diário destes adolescentes que recolhiam a planta do chá situava-se nos 36 escudos diários. Era um período social e histórico duma zona rural marcada essencialmente por parcos recursos financeiros, pouca ou nenhuma mobilidade social e ausência de luz elétrica.
As adolescentes Lúcia e Conceição, que dão título à aventura cinematográfica em pleno momento do advento da democracia, falam, sobretudo, em emigrar para o Canadá, dada a ausência de trabalho remunerado na ilha. O pai de Conceição, agricultor e camponês, plantava nessa altura essencialmente milho e beterraba. O milho era um elemento fundamental para ser usado em casa para a feitura de massa sovada, depois de ter ido à moagem comunitária. Conceição tinha mais quatro irmãos, sinal de outros tempos em que os agregados familiares eram bem mais alargados. Os hábitos quotidianos, ao final de cada dia destes adolescentes também, pois após os trabalhos duros na recolha do chá, ainda havia tempo para ler “romances de amor”, caprichos, publicações que deviam circular de mão em mão, dizemos nós. Os adolescentes retratados neste documentário tinham maioritariamente a quinta e a sexta classe da altura. Estes trabalhavam cinco meses na apanha do chá e depois deslocavam-se para mais dois meses na atividade da apanha do tabaco. Após visionamento do documentário, constatamos que estas crianças e adolescentes tinham como único horizonte continuar as profissões dos progenitores, sendo que eram raras para estes a oportunidade de prosseguir os seus estudos. Este trabalho da apanha do chá era feito essencialmente pelas mulheres das zonas rurais, já que as da Ribeira Grande se apartavam dos labores agrícolas, e tão só a dedicação às atividades de costura e bordados, implicando por isso uma distinção com as mulheres das freguesias que se dedicavam à agricultura e demais lides domésticas. Quando se lhes pergunta pela alimentação que tinham em casa, estas desmancharam-se a rir. Porque será? A alimentação destas crianças e adolescentes que trabalhavam nas plantações de chá era feita sobretudo à base de peixe e batatas, apesar da abundância de vacas na ilha, sendo a carne para dias especiais.
No início do documentário ouve-se ainda a voz do narrador assegurar que estes adolescentes nunca verão este filme e que por isso não terão oportunidade de fazer o seu autorreconhecimento. Passou entretanto quase meio século, o chá permanece naquele lugar como elemento essencial e motor da economia local. A vida das pessoas e das crianças, por sinal, mudou e bastante. O que dizer agora depois de vermos o filme tantos anos depois?
quarta-feira, 15 de abril de 2020
"Tarrafal": documentário de Pedro Neves
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
Cinema Trindade, Porto. (Até dia 11-16h00 e 18h00)
segunda-feira, 30 de julho de 2018
Hálito Azul em Locarno
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Hálito Azul de Rodrigo Areias (Daqui https://www.bandoaparte.net/) |
Esmagada contra o oceano pela encosta de um vulcão, a freguesia piscatória da Ribeira Quente na ilha de S. Miguel nos Açores vive os últimos dias de uma actividade piscatória tal como a conhecemos. A vida continua mesmo com o peixe a escassear enquanto todos lutam por dias normais.
terça-feira, 12 de junho de 2018
Vinho de André Laranjinha
André Laranjinha filma o nosso mundo, esta realidade que nos está próxima e que vai desde o pão, ao vinho, aos muros de pedra, à matança do porco, até à ilha, por vezes pessoal e transmissível, de quem aqui aportou. Neste documentário intitulado “O Vinho”, quase uma hora de imagens em movimento, resultado de várias visitas à Ilha do Pico, o realizador mergulha nessa crosta de lava no meio do oceano Atlântico, à procura das vinhas que estão espetadas na terra e cuidadas pelos seus guardiões.
quarta-feira, 4 de abril de 2018
Pelas Sombras de Catarina Mourão na Galeria Arco 8
segunda-feira, 12 de março de 2018
"I Don´t Belong Here" no Teatro Micaelense
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
Documentários: A Arte está na Rua!

A partir da ideia de colar retratos em grande escala nas paredes ou mesmo em outros suportes, a realizadora Agnès Varda(88 anos) coassina com o fotógrafo e muralista Jr (33 anos) o documentário “Visages Villages”. A autora de “Os Respigadores e a Respigadora” e o fotógrafo viajaram pelo interior da França em busca dos seus novos protagonistas, retomando o gosto de ambos pelas imagens e pela arte do encontro.
quinta-feira, 28 de julho de 2016
Clarissas de André Laranjinha, hoje à noite, no 9500 Cineclube
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Hoje no Cine Solmar, às 21h30 |
Sinopse do Filme:
quarta-feira, 20 de julho de 2016
Walk and Talk: A Família de Arquitectos Bohem!
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"Concrete Love The Boehm Family" de Maurizius Staerkle-Drux |
Uma dinastia familiar de arquitectos projectada na tela da sala de cinema do Solmar, inserido num festival de arte urbana - Walk and Talk com a ajuda do 9500-Cineclube - que nos concede este privilégio de ver e pensar. Um filme sobre o amor e dedicação a uma disciplina que se confunde com a poesia. Uma ode à arte de bem filmar e narrar uma história de filiação na arte de projectar: a arquitectura. Uma obra prima. Há dias assim em que apenas podemos contemplar. Viver para contemplar.
quarta-feira, 19 de março de 2014
"Meu Pescador, Meu Velho" no Alpendre.
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Meu Pescador, Meu Velho dia 20 no Alpendre (Cine-Eco com extensão à Ilha Terceira pelo Cine-Clube) |
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
“Corre, Emanuel, Corre”: Foi Tão Bom que Não me vou Esquecer!
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Fotograma de "Corre, Emanuel, Corre" |
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
"Meu Pescador, Meu Velho" de Amaya Sumpsi

terça-feira, 5 de novembro de 2013
Varadouro
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"Varadouro", de Paulo Abreu e João da Ponte |