“Há tempos já me
tentou o estudo dessas relações e o seu resultado. (…) Nesta ordem de ideias
procurei fixar aquilo que se me afigurou mais característico do meio açoriano –
o vulcanismo, a presença constante do mar, a insularidade, ou isolamento do
resto do mundo, a nebulosidade do céu, a temperatura oscilante entre estreitos
limites, a pressão atmosférica, os vendavais e tempestades, a diferença entre
as ilhas e o continente pelo que respeita às condições geográficas e da
paisagem, verificar ao mesmo tempo quais as qualidades morais comuns a todos os
ilhéus, a sua religiosidade profunda, espírito de submissão, indolência,
imaginação criadora, sentido de perfeição e de pormenor, espírito satírico,
certo grau de saudosismo. Infelizmente, porém, quando colhia elementos para o
meu estudo compreendi, a breve trecho, que era cedo demais para levar a cabo.
Falta ainda recolher e estudar muita coisa que é indispensável.”
Luís Ribeiro, in Correio dos Açores,
nº4768, 25 de Outubro de 1936 ( citação a partir do artigo “O meio escolar açoriano. Aspecto Geopsíquico” de Emanuel Félix
Borges da Silva, publicado na revista Atlântida de Novembro-Dezembro de 1964.
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